A próxima vacinação em massa deverá ocorrer em 2019
Santa Cruz do Sul, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), vem registrando um aumento nas notificações de caxumba desde o segundo semestre de 2016. A doença afeta adultos com menos de 50 anos, principalmente na faixa etária entre 16 e 22 anos. No município a maioria das pessoas com menos de 16 anos estão vacinadas e as com mais de 45 anos provavelmente já tiveram contato com a doença, que normalmente só acontece uma vez.
As campanhas com a tríplice viral iniciaram apenas com as crianças, já os adultos que receberamsomente a dupla viral, ficaram mais propensos a terem a doença. Isso explica o deslocamento da faixa etária e o surgimento dos casos de caxumba em adultos. De acordo com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica Municipal, Luciana Ruschel de Alcântara, dentre as medidas de proteção recomendadas estão "evitar aglomerações, na medida do possível, e buscar a vacinação nas unidades de saúde, lembrando sempre de levar consigo o cartão de vacinação.”
A vacinação é feita de maneira seletiva, baseada no histórico vacinal de cada indivíduo, por isso a necessidade da apresentação do cartão de vacinação à equipe de enfermagem. O Ministério da Saúde preconiza duas doses com intervalo de pelo menos 30 dias para quem tiver menos de 29 anos de idade, e dos 30 aos 49, dose única.
Em crianças a primeira dose é feita aos 12 meses, com a vacina tríplice viral (contra sarampo, rubéola e caxumba) e a segunda, com a vacina tetraviral (contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela), aos 15 meses de idade. Estas vacinas são fornecidas pelo Ministério da Saúde e estão à disposição nas salas de vacinas das unidades de saúde do município conforme horário de funcionamento em turno único ou no Centro Materno Infantil (Cemai), das 7h às 18h30min.
Desde 2009
O município também está em alerta com o ressurgimento de casos de Febre Amarela. Desde 2009 Santa Cruz não registra casos da doença. O vírus reemergiu em 2014 na região centro-oeste, com posterior dispersão, atingindo e estado de Minas Gerais, que já registra óbitos relacionados à doença. A letalidade é maior que 50%.
Deve-se ficar atento à morte de macacos bugios, pois eles podem indicar a presença do vírus na região, precedendo a doença em humanos. “É importante que a população auxilie a vigilância municipal, caso houver morte de macacos, o que ainda não ocorreu, para que seja realizado o recolhimento e posterior análise de material. Os bugios são sinalizadores da doença e vítimas como nós, as pessoas não devem matá-los", alerta Luciana.
A vacinação é feita de forma seletiva também. Segundo o Calendário Nacional de Vacinação, instituído pelo Ministério da Saúde, cada pessoa deverá ter duas doses de vacina, que serve para a vida toda. Atualmente, em Santa Cruz do Sul, a primeira dose é feita aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. Para a população adulta, o esquema vacinal é de duas doses com intervalo de 10 anos. As vacinas estão disponíveis nas unidades de saúde e na apresentação será verificada a carteira de vacinação e o histórico vacinal. Caso a pessoa tenha recebido uma dose e não tenha vencido o prazo de 10 anos não é necessário receber a vacina naquele momento. Caso tenha duas doses está imunizada.
Em 2009 Santa Cruz do Sul realizou uma vacinação em massa contra a febre amarela, quando foram vacinadas mais de 90 mil pessoas. A próxima vacinação em massa deverá ocorrer em 2019. Porém as pessoas que não quiseram ou não puderam se vacinar em 2009, podem buscar a vacinaque está à disposição nas unidades de saúde, no horário de funcionamento em turno único ou no Centro Materno Infantil (Cemai), das 7h às 18h30min.
Conheça as características de cada doença:
Caxumba
Também conhecida como parotidite infecciosa, a caxumba é uma doença de transmissão respiratória através de gotículas de saliva espalhadas por espirros e tosse. O sintoma típico é o aumento das glândulas salivares, mais frequentemente a parótida. O diagnóstico clínico é suficiente, não sendo exigido exames laboratoriais para a sua confirmação. Não existe tratamento específico, indicando-se apenas repouso, analgesia e observação quanto ao aparecimento de complicações.
Febre Amarela
A Febre Amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados (Haemagogus) e que vivem nas áreas de mata e rios, consideradas de risco no Brasil. Não há transmissão de pessoa para pessoa. Os sintomas da doença são febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina). Além da vacina, o uso de repelentes (inclusive por cima das roupas), uso de calças e camisas de manga longa devem ser considerados.
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