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A perpetuação da língua alemã e os intercâmbios mantêm viva a cultura

Publicado em: 19 de setembro de 2024 às 09:29 Atualizado em: 19 de setembro de 2024 às 10:31
  • Por
    Portal Arauto
  • EPISÓDIO REALÇA IMPORTÂNCIA DOS INTERCÂMBIOS E DA PRESERVAÇÃO DA LÍNGUA ALEMÃ | MILENA MUELLER
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    Assunto é o tema do 21º episódio da série Da Alemanha aos Vales, que conta a história da colonização alemã no Rio Grande do Sul

    A série “Da Alemanha aos Vales: a história de um povo que transpassa gerações” chega ao 21º episódio. Lançado nesta quinta-feira (19), foi gravado no Centro de Línguas da Universidade de Santa Cruz do Sul e está repleto de falas, inclusive, no idioma alemão, assunto do episódio. Lissi Bender, professora emérita do ensino superior, doutora em Ciências Sociais e Historiadora, foi categórica ao dizer que “a língua alemã é a segunda língua mais falada no Brasil depois da língua portuguesa. Essa é uma das grandes riquezas preservadas. Sem a língua viva, a cultura perece. Aí só se pode venerar cinzas. Se a língua fica, é cultivada, é valorizada, o lugar que faz esse trabalho pode levar ao desenvolvimento social, cultural e turístico”, opinou.

    Além de Lissi, que teceu sobre a importância da preservação da língua alemã, foi realçada a importância dos intercâmbios, com a fala de quem vive na Alemanha e acompanha alunos para estudos em Santa Cruz, como é o caso de Denise Dick. Ela mora há 24 anos na Alemanha e traz estudantes para o Brasil, para conhecerem a cultura local. No episódio, ela conversou com dois desses estudantes sobre o quanto há da cultura alemã preservada em Santa Cruz. Ainda, Cristiana Verônica Mueller, coordenadora da Assessoria Internacional da Unisc, destacou a importância do intercâmbio para educação, para a troca de conhecimento, de cultura.

    Os episódios anteriores falaram sobre a chegada dos alemães no Rio Grande do Sul, o início da colonização no Vale do Rio Pardo, a chegada dos imigrantes em Santa Cruz do Sul e pontos importantes para a economia na época (como a Praça da Matriz, em Rio Pardo).

    A construção da cidade de Santa Cruz do Sul também foi abordada, assim como o desenvolvimento em localidades do interior, como Rio Pardinho, Formosa, Ferraz, Monte Alverne, Boa Vista, entre outros. Também teve destaque para a cultura e tradição dos costumes do povo alemão e a Oktoberfest, os conhecimentos trazidos pelos imigrantes na fabricação de ferramentas para o uso no campo, a origem dos nomes das localidades do município de Vera Cruz, a influência da maçonaria no processo de colonização, a formação das sociedades esportivas e culturais e o primeiro cemitério evangélico comunitário de Santa Cruz.

    Ainda, a preservação da língua na educação, o patrimônio arquitetônico que se mantém, a família que preserva a agricultura artesanal e o legado que o padre jesuíta Theodor Amstad deixou ao criar, em 1902, a Caixa Rural, a primeira cooperativa de crédito voltada aos agricultores, foram abordados

    Em 2024 o protagonismo germânico no Brasil completa 200 anos. O povo contribuiu com o desenvolvimento de muitas cidades no Brasil, em especial, a região de Santa Cruz do Sul, que cultua a tradição e dos costumes do povo alemão.

    Ao todo, serão 24 vídeo-reportagens, contando a história da colonização alemã no Rio Grande do Sul. As publicações são feitas através das redes sociais. Ao final, uma edição especial, em forma de documentário será editada.

    Confira os episódios anteriores:

    Veja o 21º episódio: