Política

Juiz suspende parcialmente proibição de entrada de refugiados nos EUA

Publicado em: 25 de dezembro de 2017 às 06:35 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 17:26
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Agência Brasil
  • compartilhe essa matéria

    Argumento é que a regra impedia a reunião de pessoas com parentes que vivem legalmente em território americano

    Um juiz federal de Seattle suspendeu parcialmente a proibição de entrada nos Estados Unidos de refugiados procedentes de países de maioria muçulmana, medida tomada pelo presidente Donald Trump logo após tomar posse na Casa Branca. O argumento do juiz é que a regra impedia a reunião de pessoas com parentes que vivem legalmente em território americano. As informações são da Agência EFE.

    A decisão foi tomada ontem (23) à noite pelo juiz James Robart, após escutar as argumentações de duas entidades de proteção dos direitos civis: União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Serviço da Familília Judaica.

    Essas associações afirmaram que a proibição de Trump causa danos irreparáveis às famílias e põe algumas pessoas em risco. Para os advogados do governo, a medida é necessária para proteger a segurança nacional.

    Robart ordernou que o governo federal continue o processo de admissão de solicitações de refugiados e afirmou que a decisão deve ser aplicada "a pessoas com relação real com uma pessoa ou entidade dos Estados Unidos".

    No fim de outubro, o governo americano vetou a entrada de refugiados procedentes de 11 países de maioria muçulmana, a maioria da África e do Oriente Médio, à espera de uma revisão de segurança de 90 dias. Os afetados são cidadãos de Egito, Irã, Iraque, Líbia, Mali, Coreia do Norte, Somália, Sudão do Sul, Sudão, Síria e Iêmen.

    Desde que chegou à Casa Branca, Trump criticou as leis migratórias e de refugiados dos EUA e prometeu reforçar os requisitos para viajar e conseguir a residência legal no país, especialmente para pessoas de países com maioria muçulmana.