Adriéle Siqueira tentou o suicídio aos 13 anos. Hoje conta a sua história para tentar ajudar pessoas que vivenciam o que ela passou
O dia 5 de abril de 2012 era um dia normal para qualquer pessoa. Mas para a adolescente, Adriéle Siqueira, na época com 13 anos, era o dia em que ela daria fim ao seu sofrimento. A tristeza tomou conta, achava que não fazia mais diferença na vida da família, não tinha vontade de fazer nada. Então, sem o diagnóstico de uma depressão, ela chegou em casa e decidiu que iria se matar.
Pegou a arma do padrasto, colocou em cima da cama e esperou para ver se, talvez, a vontade passava. Mas não passou. Quandou foi às 17h15min ela decidiu que era o momento de partir. Um tiro na barriga foi dado, atingiu seu intestino delgado e a bexiga, atravessando a perna. No exato momento do tiro, quando viu todo aquele sangue, o arrependimento bateu e a luta pela vida começou.
Morava no interior, com as casas distantes umas das outras. Correu no vizinho da frente, sem sucesso, até que andou mais um pouco e conseguiu ajuda em outra residência. Ficou duas semanas no hospital. Viu no leito ao lado uma mulher que lutava contra um câncer, lutava pela vida, enquanto ela, naquele momento de desespero, queria acabar com a dela.
Hoje, 10 de setembro, no Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, Adriéle segue contando a sua história de superação, para tentar ajudar pessoas que tenham passado pelo mesmo sofrimento que o dela. "Nossa vida é uma dádiva e temos que agradecer o que temos."
Aos 19 anos, ela tem muitos sonhos. Moradora de Vera Cruz, estuda técnico em enfermagem e pretende ingressar na carreira militar. Aquele 5 de abril de 2012 colaborou para que escolhesse a profissão. "Quero ajudar as pessoas, esse é o meu propósito."
Precisa de ajuda:
O Centro de Valorização da Vida (CVV) realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo por telefone, email e chat, 24 horas todos os dias. É só ligar para o número 188.
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