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Apagão de professores já dá sinais na região: “estamos disputando profissionais”

Publicado em: 23 de novembro de 2023 às 17:33 Atualizado em: 06 de março de 2024 às 17:24
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Freepik/Divulgação
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    Reitor da Unisc e secretário de Educação abordaram o tema recentemente

    Um possível apagão de professores já dá sinais na região. Durante a coletiva de imprensa após o vestibular da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), o reitor da instituição e presidente do Consórcio das Universidades Comunitárias Gaúchas (Comung), Rafael Henn, alertou para a baixa procura pelos cursos de licenciatura e indicou a possibilidade da falta de profissionais em um futuro breve. Essa escassez de pessoas capacitadas para o ensino já mobiliza os gestores e levou ao lançamento do programa estadual Professor do Amanhã.

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    Aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa e sancionado pelo governador em outubro, o programa foi criado conceder bolsas mensais de permanência no valor de R$ 800 aos alunos que optarem por cursos de licenciatura. Adicionalmente, as instituições comunitárias de ensino superior receberão R$ 800 como custeio da vaga. Apesar de ainda aguardar a regulamentar e efetivação, essa medida foi uma demanda do Comung e também surge como resposta à necessidade de incentivar a formação de novos docentes.

    O secretário de Educação de Santa Cruz do Sul, Wagner Machado, durante entrevista exclusiva ao Portal Arauto, falou sobre o assunto e destacou a crescente competição por profissionais qualificados entre os municípios da região. “Está se desenhando isso. A gente percebe quando chama para um concurso, para compor os nossos quadros, e vem da cidade vizinha ou larga um concurso estadual para assumir no município. Ou seja, nós, entes municipais, estamos disputando entre nós e com o estado. Isso já é uma realidade”, falou.

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    Além das questões financeiras e de reconhecimento, o secretário salientou um desafio adicional relacionado ao perfil geracional. As gerações mais jovens demonstram uma abordagem mais flexível em relação à carreira. Elas priorizam a qualidade de vida e liberdade sobre a estabilidade de longo prazo em um único emprego. Essa mudança de mentalidade repercute diretamente na área da educação, onde a falta de uma valorização expressiva somada ao trabalho extra exigido torna a carreira menos atrativa.