Liberação rápida do presídio e legislação branda estão entre fatores que colaboram para sequência de crimes
Tornou-se rotina. Quase todos os dias são registrados furtos no comércio de Santa Cruz do Sul. E o problema é muito mais profundo do que se imagina.
A legislação branda para os autores dos delitos patrimoniais e a rápida liberação deles do sistema carcerário, mesmo que tenham registros em suas fichas apontando reincidência, estão entre os fatores que colaboram para manter a sequência de crimes na cidade.
A reportagem do Portal Arauto apurou que dos oito principais autores de furto no comércio de Santa Cruz do Sul, cinco deles foram soltos recentemente pela Justiça – incluindo o homem de 25 anos liberado na terça à noite, que cometeu novo crime já na quarta pela manhã.
Desses criminosos contumazes, um tem 11 registros somente entre novembro de 2024 e fevereiro de 2025. “Infelizmente, o furto a estabelecimento comercial é um indicador criminal que estamos percebendo que tem aumentado nos últimos tempos. Por isso temos um trabalho especifico e em conjunto com as empresas, o que proporciona uma troca de informações muito grande”, detalhou o tenente-coronel Cristiano Cuozzo Marconatto.
Monitoramento segue
De acordo com o chefe do 23º Batalhão de Polícia Militar (23º BPM), é realizado um trabalho em cima da percepção de segurança das pessoas. Por isso, no que depender do comandante, as capturas quase que tão seguidas quanto a incidência de crimes vão continuar acontecendo.
“Se tivermos que prender eles dez vezes no mesmo dia, a gente vai fazer isso. Trabalhamos para a comunidade. Por isso a gente não discute pena ou medidas de caráter preventivo que segreguem autores. Discutimos a questão de agir diante dos crimes que estão acontecendo”, complementou o tenente-coronel.
Marconatto afirmou ainda que os oito apontados como principais furtadores estão identificados e seguem monitorados pelo Setor de Inteligência do 23º BPM. “A identificação, prisão e encaminhamento dos autores presos em flagrante é um trabalho que a Brigada Militar vai continuar fazendo, por uma questão que independe da pena, ou se vai ou não ficar preso”, finalizou Marconatto.
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