Prefeito busca diálogo com a comunidade e setores técnicos, assim como empresa, e agendou nova reunião para a tarde de quarta-feira
Na manhã desta segunda-feira (20), uma decisão inesperada foi tomada pelo prefeito Sérgio Moraes durante a apresentação do projeto da segunda etapa do Calçadão da Floriano, no Salão Nobre do Palacinho. Na presença de comerciantes da quadra entre as ruas Júlio de Castilhos e 28 de Setembro, técnicos municipais e secretários de Planejamento e Mobilidade Urbana, Vanir Ramos de Azevedo, e demais secretários municipais, o prefeito decidiu suspender a assinatura do termo de início das obras. A decisão atendeu ao pedido do presidente do Conselho Municipal de Gestão Sócio-Ambiental, José Alberto Wenzel, que levantou uma questão sobre o impacto ambiental do projeto.
Wenzel contestou a necessidade de supressão de algumas árvores da espécie tipuana no trecho da Rua Marechal Floriano, o que motivou o prefeito a adiar a assinatura. A preocupação do conselho é que o corte dessas árvores, bastante presente no local, poderia gerar impactos ambientais significativos.
O projeto da segunda etapa do calçadão, que já estava programado para ser executado pela empresa AD Construtora e Urbanizadora Ltda, de Westfália, é orçado em R$ 3.197.000,00. A obra contempla duas quadras: a primeira, entre as ruas Júlio de Castilhos e 28 de Setembro, e a segunda, entre as ruas Ramiro Barcelos e Júlio de Castilhos. O prazo de execução para ambas as etapas é de oito meses, com a expectativa de que os trabalhos tragam mais mobilidade e valorização do comércio local.
“O que acontece é que os dois Conselhos do Meio Ambiente me procuraram dizendo que não foram consultados e que não aceitam a retirada de algumas tipuanas que têm no túnel verde. Com isso, se estabeleceu um debate, onde o dono da empresa já fez um investimento muito alto, levava como certo essa obra, porque ele ganhou a licitação, e ao mesmo tempo o sistema de meio ambiente da comunidade não está aceitando a retirada. Eu então sugeri que nós marcássemos uma nova reunião para quarta-feira, às 15 horas, e que a gente possa até lá fazer um estudo interno, conversar com a empresa, conversar com a comunidade, para acharmos um bom termo, porque a prefeitura não é do prefeito, a prefeitura é da comunidade, e nós temos que ouvir a todos”, destacou o Prefeito, prevendo, caso não seja assinado o início da obra, que a empresa busque ressarcimento. “Então é uma série de problemas que nós temos que enfrentar. Com diálogo, com o bom senso de todos, nós vamos conseguir chegarmos a um bom termo”, frisou o Prefeito.
Uma nova reunião pra tratar o tema será realizada na quarta-feira (22).
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