Carlos Joel da Silva esteve reunido com o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, nessa terça-feira
“Saímos da reunião com a certeza de que temos muito trabalho pela frente”. Essa foi a avaliação do presidente Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS), Carlos Joel da Silva, após reunião, em Brasília, com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O encontro ocorreu nessa terça-feira (17), por intermédio do deputado federal Heitor Schuch (PSB), e teve como principal objetivo apresentar demandas voltadas à recuperação da agricultura familiar no Rio Grande do Sul, especialmente após a enchente de maio deste ano.
Em conversa com o vice-presidente da República, o presidente da FETAG-RS destacou os avanços realizados pelo Governo Federal. Porém, também reforçou que as medidas são insuficientes para atender todos os produtores do Estado.
“Muitos agricultores não conseguiram resolver o problema das suas dívidas nem buscar novo custeio para plantar a próxima safra. Há produtores que tiveram descontos em parcelas deste ano e do próximo, mas também existem aqueles que perderam tudo e têm dívidas com vencimentos até 2030. Nossa proposta é listar esses agricultores e buscar uma solução para o próximo ano”, explicou.
Silva ainda debateu as mudanças no Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e garantiu que FETAG-RS, a Organização das Cooperativas do estado do Rio Grande do Sul (Ocergs) e Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) se colocam contrários a tramitação e possível aprovação por parte do Congresso Federal.
Por fim, o presidente da FETAG-RS destacou a necessidade de ajustes na linha de crédito do BNDES voltada para cooperativas e cerealistas, além do aumento do volume de recursos disponibilizados com ajustes nas linhas.
Segundo ele, essa linha ainda roda pouco e precisa ser mais ágil. “Já houve algumas mudanças, mas é preciso permitir que as cooperativas possam acessar diretamente o BNDES. Isso agilizaria o processo e ajudaria os produtores que têm dívidas com cooperativas e cerealistas. Esse é um ponto crucial, pois é a linha que mais precisa rodar para melhorar a vida dos agricultores”, completou.
Após a reunião, Carlos Joel da Silva avaliou o encontro com Geraldo Alckmin e o trabalho realizado neste ano pela federação. “Avançamos em algumas etapas, mas ainda falta muito para salvar todos os produtores. Precisamos equalizar esses processos e trabalhar forte para devolver dignidade aos agricultores. A Fetag-RS chega ao final do ano lutando pelos agricultores e agricultoras e vai seguir em 2025 na luta, até que todos os associados dos nossos 312 sindicatos sejam atendidos.”
Também participaram da reunião o gerente de relações governamentais da Ocergs, Tarcísio Minetto, e o diretor-executivo da FecoAgro, Sérgio Feltraco.
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