SANTA CRUZ

Análise de água não apontou presença de algas no Lago Dourado

Publicado em: 13 de novembro de 2024 às 15:41 Atualizado em: 13 de novembro de 2024 às 15:43
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Colaboração
    Eduardo Wachholtz e Leandro Porto
  • Foto: Grupo Arauto
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    Coleta foi realizada na última semana, após reclamações sobre mau cheiro e gosto estranho por parte dos moradores

    No último final de semana, moradores de Santa Cruz do Sul notaram mau cheiro e um gosto estranho na água fornecida pela Corsan/Aegea. Em virtude disso, a companhia realizou uma coleta no Lago Dourado, na segunda-feira (11) e encaminhou o material para análise.

    Em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News, na manhã desta quarta-feira (13), o gerente de Relações Institucionais da Corsan/Aegea, João Batista Corim, deu detalhes do resultado.

    Segundo ele, a análise, que teve o resultado divulgado nessa terça-feira (12), não apontou a presença de cianobactérias, as famosas algas, no Lago Dourado. “Quero, primeiramente, garantir a potabilidade da água que é tratada e distribuída pela Corsan. Nós fizemos aproximadamente em torno de 500 análises diárias, sejam elas em Santa Cruz do Sul e também no laboratório central da Corsan, que fica em Porto Alegre, que é um laboratório mais especializado”, reforça.

    Mesmo com o resultado negativo, Corim explica que a companhia suspeita da presença do algo e, por isso, ajustou todo o processo do tratamento da água. Além disso, novas coletas foram feitas e enviadas para a Capital. O objetivo, conforme o gerente de Relações Institucionais, é identificar a causa do problema que acabou gerando o mau odor. “Mas esse problema já foi resolvido. Em boa parte da cidade já não tem esse odor, inclusive nas coletas que realizamos ontem [terça-feira] nos pontos. Mas algum resíduo deve ter ficado nas redes de abastecimento, que acaba tendo esse odor, mas a água, ela é potável.”

    Corim explica ainda que a Corsan/Aegea utilizou carvão mineral no processo de tratamento da água. A ação, de acordo com o profissional, não é aplicada diariamente, uma vez que é feito o uso de cloro. No entanto, o procedimento técnico de usar o carvão mineral foi uma maneira de melhorar o processo.

    Visando garantir ainda mais a qualidade da água, a companhia instalou equipamentos de ultrassom na água, que ainda estão em fase de teste. Conforme Corim, os resultados deverão ser perceptíveis a partir de quatro semanas após o início dos trabalhos. O ultrassom tem como propósito combater as algas, que costumam surgir no Lago Dourado nos períodos mais quentes do ano.

    “Então, esse sistema também foi analisado para ver se tinha dado algum problema. Porém, o sistema está operando normalmente. Nós acreditamos que esse equipamento vai ter êxito e, com isso, nós não necessitaremos pegar e utilizar, em outras oportunidades, o carvão”, frisa.

    A partir da implementação do ultrassom no Lago Dourado, a expectativa da Corsan é que não haja mais problemas em decorrência de algas no local.

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