Fica a dica, desconfie quando a oferta é grande demais. Faça antes uma pesquisa de preços, lembre daquela loja que está aberta a negociações
VENCIDA a epidemia da Covid, os brasileiros estão sendo alvos de uma verdadeira proliferação de golpes financeiros. A todo momento a mídia divulga uma nova tentativa de ataque ao bolso da população. Segundo estatísticas do mundo virtual e eletrônico, são pelo menos 4.600 tentativas por hora e o método é quase sempre o mesmo: um golpista de fala convincente dizendo-se representante da segurança digital de um banco, utiliza-se de mensagem ou chamada telefônica para induzir sua vítima a revelar dados e senhas. Outro dia, recebi uma chamada e de imediato, sem qualquer identificação, uma voz gravada foi logo dizendo “se for você, diga sim”. Desliguei no mesmo instante, porque estava sendo divulgado que com a IA – inteligência artificial – editavam chamadas para liberação de empréstimos consignados. Mais além estão as compras on line, (que são uma realidade, diga-se) mas que jamais chegam ao destino dos compradores. Bem recente, aproveitando a dimensão e gravidade da enchente de maio, teve um influencer dizendo ter doado um milhão de reais aos desabrigados, quando na verdade o valor foi de apenas 100 reais. Captou a simpatia do povo e aproveitou para “vender” eletrodomésticos que nunca foram entregues. Assim, aproveitando-se de plataformas digitais, são pelo menos 2.500 pessoas iludidas por dia por compras que não são entregues. Fica a dica, desconfie quando a oferta é grande demais. Faça antes uma pesquisa de preços, idoneidade do site de vendas, e lembre-se daquela loja tradicional da cidade que está sempre aberta a negociações. Aqui vale bem aquela velha máxima: quando a esmola é grande demais, até o santo desconfia.
VAI longe o tempo em que era só o conto do bilhete que assediava e lograva os incautos. A chegada do PIX, uma forma facilitada de transferência de valores atiçou também a esperteza dos criminosos virtuais. A cada dia uma nova forma de invadir a carteira do cidadão está sendo posta em prática. As circunstâncias e a facilidade de ações golpistas contra o patrimônio dos brasileiros são preocupantes. O número de vítimas pode ser maior do que dizem as estatísticas, porque muitos deixam de fazer o registro policial por constrangimento ou por outro motivo. A abordagem do criminoso virtual parte de um conhecimento prévio de informações da possível vítima, obtida por invasão de sistemas ou por conluio de algum comparsa interno. Um celular roubado ou furtado, por exemplo, tem inúmeras anotações, desde contatos, contas, aplicativos, senhas, etc. Evite usar celular em via pública, pois um meliante pode estar sempre à espreita de um momento de desatenção do usuário. A sensação de insegurança e de violação é real, até porque o celular se tornou indispensável na vida das pessoas. As autoridades de segurança pública recomendam evitar a exposição demasiada em redes sociais, pois a espionagem dos hackers é bem maior do que se pensa. Não existe uma segurança efetiva no mundo digital. Ao contrário das “fake news” os golpes virtuais são de consequências reais. Mantenha-se sempre atento.
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