A Feira da Produção deu sua contribuição à reconstrução do Estado, graças ao envolvimento de toda a comunidade
DEPOIS de um mega feriadão, a Feira da Produção fecha com um gostinho de “quero mais”. Opiniões colhidas entre público e expositores, falam que foi a feira da retomada ou feira da reconstrução. Com efeito, os comentários congratulatórios devem ser estendidos a todos, desde a comissão de organização, aos voluntários, aos feirantes, aos expositores, aos artesãos, aos apoiadores, aos patrocinadores, ao pessoal dos comes & bebes, aos grupos de entretenimento e diversão, às bandas, à segurança e retaguarda, aos anônimos, aqueles que sempre na última hora se prestam à boa vontade para quebrar um galho de uma situação imprevista e a todos que de alguma forma se dedicaram ao brilho da Feira. Estão todos de parabéns e a satisfação dos visitantes é o melhor dos aplausos que poderiam receber. Ainda no meio da festa, o prefeito Gilson Becker já previa que o resultado final superaria o ano anterior, tanto em visitantes como na comercialização.
COM entrada franqueada, os shows programados sempre foram de arena cheia e até fora tinha gente curtindo as apresentações das melhores bandas, cantores, músicos e artistas, interpretando sucessos para todos os gostos e idades e o público aplaudindo e gastando o pisante na dança. Aliás, a realocação da arena de shows foi muito bem recebida, de tal forma que as bandas contaram com acesso exclusivo para seus “busões”. O mau humor do clima no domingo que amanheceu com jeito de ressaca teve a colaboração do patrono São Pedro que blindou a Feira e o espaço foi tomado para um “gran finale”. Segundo a organização mais de 90 mil visitantes chegaram nos cinco dias de festa. Uma rápida observação no estacionamento nas ruas do entorno, foram notados carros com placas de Cachoeira do Sul, Herveiras, Vale do Sol, Rio Pardo, Sinimbu, Venâncio Aires, Lajeado e Santa Cruz, é claro, entre outras localidades, o que dá uma noção do alcance da Feira. Até o estacionamento do Clube Vera Cruz lotou.
COM tantas avaliações positivas e expressivos números contabilizados pelos expositores, com certeza servirão de incentivo para a formação de novas agroindústrias, assim como artesãos haverão de trazer inovações no seu trabalho. A Feira deu sua contribuição à reconstrução do Estado, graças ao envolvimento de toda a comunidade. O feriadão e a entrada franca contribuíram e muito, porque o público local teve a oportunidade de comparecer mais de uma vez, seja para os shows, ou para ver e comprar o que não foi possível antes. Momentos de euforia a parte, é hora de buscar uma avaliação isenta, ouvindo as sugestões deixadas pelo público, dos feirantes, expositores, patrocinadores e organizadores, até porque o sucesso aumenta ainda mais a responsabilidade para o próximo ano. Eventuais falhas, quando tem, de forma alguma não desmerecem o trabalho feito, e sim, devem ser consideradas como desafio a ser superado na próxima edição. Em 2025 vai ser maior e melhor.
NEM tudo foi tão fácil. Lembra-se que a Feira da Produção estava programada inicialmente de 29 de maio a 2 de junho, quando da Semana do Município comemorando os 65 anos de emancipação. Veio daí, sem aviso prévio, a grande enchente em maio, que inundou o Rio Grande. Estradas foram danificadas, famílias ficaram ilhadas, exigindo o desdobramento dos serviços da Prefeitura, da Defesa Civil e voluntariado procurando atender a tudo e a todos. As melhorias no Parque de Eventos tiveram que esperar e a Feira foi por isso adiada. Graças a determinação do prefeito Gilson Becker e dedicação da Larissa Franke (que foi de mala e cuia “morar” na Feira, diga-se), e de uma equipe de abnegados voluntários tudo foi ganhando forma. O Grupo Arauto reagendou dentro do possível, os shows sob sua responsabilidade e com o otimismo dos expositores a expectativa foi crescendo. Deu no que deu. Uma grande vitória da comunidade. E vamos “tocando em frente” pois o Rio Grande precisa de todos.
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