Julgamento de Gabriel Nascimento da Luz, apontado como um dos envolvidos, ocorre nesta quinta-feira
Nesta quinta-feira (17), está sendo realizado, no Fórum de Santa Cruz do Sul, o julgamento de Gabriel Nascimento da Luz. Ele é apontado pelo Ministério Público (MP) como um dos envolvidos em um homicídio ocorrido no dia 23 de setembro de 2019, quando Tiago Aliandro Kohlrausch foi morto a tiros em sua residência, no Loteamento Motocross.
Os jurados, cinco homens e duas mulheres, são responsáveis por definir o futuro de Luz, acusado de ter participação direta no crime. Segundo a denúncia, o réu, junto com Renato Andrade Ferreira e outros dois indivíduos que não foram identificados, realizou o homicídio. Ferreira também iria a julgamento nesta quinta-feira, no entanto ele ingressou no Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, às 5h50min, conforme apresentado pela advogada. Desta forma, enfrentará o banco dos réus em outro momento.
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Gabriel Nascimento da Luz é tio da ex-esposa de Tiago, Patrícia D’Avila da Luz, e, conforme a denúncia, seria o proprietário do carro usado pelos matadores contratados. Segundo o pai da vítima, Adriano Kohlrausch, um carro preto, com janelas escuras, rondava a casa de Tiago duas semanas antes do crime. Ele afirma que no dia do homicídio visualizou o mesmo veículo com uma pessoa dentro. "Eu atravessei a rua para ir no meu carro. Vi uma pessoa descendo do carro, mas logo entrou de novo."
Ainda de acordo com Kohlrausch, seu filho teve um relacionamento breve com Patrícia e ela engravidou. O casal não ficou junto, porém mantinha uma boa relação até ela iniciar a relação com Renato Andrade Ferreira. “Depois que chegou o Renato tudo virou um inferno. Começou o relacionamento e mudou tudo. O Tiago pegava o neném no fim de semana e na segunda-feira tinha um B.O. [boletim de ocorrência] contra ele”, disse. A investigação policial aponta que o assassinato teria sido arquitetado com o objetivo de afastar o pai biológico da criança.
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Ao longo do julgamento, o pai da vítima deu mais detalhes da relação de Patrícia e Renato com Tiago. Ele alega que o casal inventava doenças e desculpas para não deixar Tiago ver o próprio filho. Além disso, ele afirma que começaram a surgir também acusações falsas contra a vítima.
Conforme o depoimento da testemunha, o neto pergunta o motivo do pai não estar presente, uma vez que “não sabe que foi a mãe que mandou matar o pai dele. Eu disse que vou contar quando ele crescer", desabafou. "Eu quero que se faça justiça pelo meu filho. Um rapaz trabalhador, nunca fez mal a ninguém”, complementou.
Durante seu testemunho no julgamento, Adriano Kohlrausch usou uma camiseta com a foto do filho e o neto com a frase “Os covardes tiram a vida, os heróis viram estrelas”. Patrícia D’Avila da Luz já foi julgada e condenada por sua participação no crime e recebeu, em 2021, uma pena inicial de 16 anos de prisão. Posteriormente, ela reduzida para 13 anos e nove meses pelo Tribunal da Justiça.
*Colaborou a repórter Emily Lara
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