Mônica da Cruz
Documento foi enviado pela Prefeitura e está em análise na Câmara de Vereadores
O empresário Norton França Peixoto, dono do estabelecimento Abra Cachaça, localizado na Rua Marechal Floriano, no Centro de Santa Cruz do Sul, se manifestou sobre o projeto de lei que propõe proibir caixas de som em praças, parques, pontos turísticos e vias públicas no período noturno.
Segundo o texto do projeto apresentado pelo Executivo, a medida ocorre após um alto número de reclamações por som abusivo. Caso a ideia seja aprovada, os equipamentos teriam que deixar de ser utilizados das 22h até 6h.
Leia também: Projeto de lei pode proibir caixas de som em praças e vias públicas de Santa Cruz
Segundo o proprietário, na última quinta-feira (21), a fiscalização do município chegou ao local e interrompeu a programação musical que ocorria no estabelecimento. Ele afirma que a notificação foi sobre usar o espaço público (calçada) para os shows. “Os fiscais chegaram, notificaram e pediram para parar a música, pois não podia por eu estar utilizando espaço público.”
Peixoto contou que a proibição afetou não apenas o estabelecimento, que perdeu grande parte de seu público e teve que diminuir o número de funcionários, mas também os artistas locais que tiveram seus shows cancelados. "A primeira coisa que tive que fazer foi cancelar os shows. São diversas pessoas envolvidas, no pagode de domingo, por exemplo, temos 15 pessoas envolvidas, isso apenas em um único dia", detalha.
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Para o empresário, as manifestações artísticas e os shows são importantes e atraem a população para a Marechal Floriano. "Tu vem para o Centro e em uma quadra e meia consegue circular e ir em diversos espaços abertos que estão com música. Se isso parar de acontecer o nosso centro está fadado a morrer, porque vamos ter que procurar outro espaço, que não seja visível, para poder curtir."
O assunto também ganhou destaque nas redes sociais e no site da Câmara de Vereadores de Santa Cruz, onde uma enquete sobre o projeto de lei está em votação. Até as 18h desta quarta-feira (27), 1.417 pessoas já haviam votado: 6% são favoráveis ao projeto e 94% contra a proposição.
*Colaborou a jornalista Mônica da Cruz
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