Semana é de trabalho nos açudes

O ronco do motor do tobata ao lado do açude indica que o local onde abrigava até então os peixes está sendo seco. É hora de reunir a família e os amigos para mais uma vez apanhar os animais e se preparar para a Semana Santa. E esse processo não acontece apenas com aqueles que têm a piscicultura como renda. Há aqueles que mantêm diversas espécies de peixes na propriedade para o consumo próprio. Exemplo é o produtor de tabaco e funcionário da Prefeitura de Vale do Sol, Dirceu Tallowitz, de 38 anos. Junto com a família, ele tem um açude em suas terras na Linha Cipriano de Oliveira, em Vera Cruz, e fez a secagem e, posterior, retirada dos animais, na tarde de terça-feira, dia 4.

Para Tallowitz, criar o próprio peixe é sinal de qualidade e saber o que está consumindo. “Esta é a primeira vez que estou secando o açude. Nos outros anos eu passava a rede para ter peixe na Sexta-feira Santa”, conta ele, que mantém a piscicultura como uma forma de lazer. E a atividade envolve toda a família, além de amigos e vizinhos. Para as crianças, entrar no açude (já quase sem água) e poder colocar a mão no peixe é um divertimento – até disputa de quem consegue capturar mais.

PISCICULTURA COMO RENDA EXTRA
Além de quem mantém a criação de peixes como hobby, tem quem consegue uma renda extra com a venda do pescado. Produtor de fumo e de milho, Samuel Zahn, também da Cipriano, vai participar mais uma vez da Feira do Peixe, que acontece na próxima quarta e quinta-feira em Vera Cruz. Até agora ele secou dois açudes e fez a despesca em um. Um quarto será seco no sábado. A expectativa dele é comercializar aproximadamente uma tonelada de pescado, contabilizando os vendidos na Feira e os diretamente na residência.