Santa Cruz Jazz and Blues Festival inicia em grande estilo

A primeira noite do Santa Cruz Jazz and Blues Festival deu ao público uma amostra de quão diversa e rica a música pode ser. Três atrações com estilos bem diferentes animaram o público que compareceu à rua Galvão Costa nessa sexta-feira (29).

O público foi se acomodando aos poucos em frente ao palco, para aguardar pelos shows. O secretário de Cultura, Marcelo Corá, manifestou sua satisfação com a presença da comunidade durante a abertura do evento. Para Corá, o festival coroa a programação de aniversário do município com grandes espetáculos. “Obrigado a vocês que compraram essa ideia, esse sonho. Vendo todo esse público aqui, é um estímulo para continuarmos trabalhando”.

A primeira apresentação da noite foi com o Quinteto Canjerana. O grupo trouxe ao palco uma série de composições instrumentais próprias, que mesclam ritmos regionais gaúchos, brasileiros e latino-americanos. O guitarrista Zoca Jungs e o violonista Fernando Graciola dedicaram o show ao músico santa-cruzense Chiquinho do Acordeon, falecido em 1993 e com uma carreira consolidada ao lado de grandes nomes da música brasileira, como Dominguinhos, Radamés Gnatalli, Jair Rodrigues, Rita Lee, Francis Hime, Maria Bethânia e João Bosco, entre outros.

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As irmãs Clélia e Claise Raadtz se acomodaram bem próximas ao palco em cadeiras de praia para curtir os shows. Ambas estavam bastante animadas com o evento e fizeram planos de acompanhar as três noites de programação. “É um motivo a mais para a gente sair e se divertir um pouco. Só em casa com a televisão não dá”, disse Clélia. 

Claise estava curiosa para conhecer o espaço preparado para as apresentações. As irmãs tinham especial interesse na apresentação do talento local Guto Conrad, guitarrista e vocalista à frente de um power trio com trabalho autoral na melhor tradição de nomes como Jimi Hendrix, Cream e Eric Gales. “O Festival será um ganho para a cultura de Santa Cruz do Sul, apresentando estilos que são novidade no cenário local”, avaliou Claise.

A última atração da noite foi o trombonista Josiel Conrad, da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Com o legítimo suingue carioca, trouxe uma música que alia o melhor do jazz contemporâneo a elementos da música popular brasileira como o samba e o funk carioca.

Um dos produtores do Festival e curador artístico do evento, Carlos Branco demonstrou otimismo com o Santa Cruz Jazz and Blues. Responsável pela realização de outros cinco festivais pelo país, ele viu em Santa Cruz do Sul terreno fértil para realizar sua proposta. “O evento está muito bonito, e a tendência é aumentar o público nas próximas duas noites”.

Branco considera a proposta do Festival diferente por apresentar estilos musicais que não são tão comerciais. “Conseguimos fazer nesta programação a reunião de vários estilos, o jazz atual é um gênero bastante amplo”. 

A realização do Festival Jazz n’ Blues é de Prefeitura de Santa Cruz do Sul, Ministério da Cultura, Branco Produções e Samba Estúdio Design, com patrocínio de Rio Grande Seguros e Previdência e Icatu Seguros, além de apoio de HBier Cervejaria e Hotel Charrua. 

O evento é parte da programação de comemoração dos 145 anos de Santa Cruz do Sul e prossegue com apresentações neste sábado e domingo: Money Man, Mari Kerber Trio e Patricia López (30); Privilege Jazz, Jambo Trio e Cheryl Renée (01/10).