Até agora, o método só foi testado em cordeiros
Um útero artificial pode ajudar no tratamento de bebês prematuros e aumentar bastante as chances de sobrevivência. Ele foi criado por cientistas dos Estados Unidos a partir de uma bolsa preenchida por fluido, conhecida como um suporte extrauterino. Para se ter uma ideia, só metade dos bebês que nascem com menos de 24 semanas sobrevive. O que os pesquisadores do Hospital Infantil da Filadélfia fizeram foi tratar os bebês de ovelha como fetos, não como recém-nascidos.
Eles conseguiram simular o ambiente do útero e as funções da placenta, dando a prematuros a oportunidade que precisavam para desenvolver os pulmões e outros órgãos. A ideia deu certo. Os cordeiros prematuros conseguiram ficar mais quatro semanas nesse ambiente e se desenvolveram normalmente. O objetivo é, no futuro, ajudar bebês que nasçam em um período crítico, entre 23 e 25 semanas, cerca de seis meses. Só nos Estados Unidos, nascem por ano cerca de 30 mil bebês prematuros.
“Esses bebês têm uma necessidade urgente de uma ponte entre o útero da mãe e o mundo exterior”, disse Alan Flake, cirurgião especializado no Hospital de Crianças da Filadélfia que liderou o desenvolvimento do útero artificial. Os cientistas admitem que o útero artificial pode demorar até 10 anos para ficar pronto e licenciado.
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