Projeto abrange sete municípios e contará com geossítios que contemplam geologia, paleontologia e arqueologia
A reunião da Associação de Turismo da Região do Vale do Rio Pardo (Aturvarp) ocorrida na tarde de sexta-feira, dia 30, em Vera Cruz, confirmou o lançamento do Geoparque Vale do Rio Pardo para sábado, dia 8 de julho, às 15 horas, no Auditório do Sindicato Rural, dentro da programação da Festa da Colônia, em Candelária. “A escolha pelo município se deu porque é lá que as coisas estão mais adiantadas, tem o Museu Paleontológico”, justificou o presidente da associação, Djalmar Marquardt.
Vera Cruz, pela questão geográfica, fará parte do projeto, assim como Candelária, Venâncio Aires, Santa Cruz do Sul, Rio Pardo, Vale do Sol e Passo do Sobrado.
Um geoparque é um território que envolve aspectos de interesse e de relevância significativa em termos geossítios contemplando a geologia, paleontologia, arqueologia e geomorfologia, além do paisagismo, história e cultura das comunidades envolvidas que devem ser preservados para o futuro.
As entidades apoiadoras do projeto são a Universidade de Harward (Estados Unidos), a Universidade de Bristol (Inglaterra) e a Universidade Federal do Pampa.”Teremos um longo processo pela frente até que consigamos a certificação pela Unesco. Após, iremos atrás de recursos para incrementar o nosso Geoparque”, explicou o presidente.
O Geoparque Regional vai abordar toda área turística. “Vamos explorar turisticamente os geossítios, trabalhar a questão de educação para levar isso às próximas gerações. A sustentabilidade ambiental é importante também dentro do projeto, assim como a questão de desenvolvimento socioeconômico das comunidades”, frisou Marquardt , que ainda explicou que a Aturvarp está à frente do processo pelo desejo de explorar turisticamente o fato. “Vamos atrás dos turistas porque temos belezas para mostrar e muita história para contar”, finaliza.
O idealizador
O geólogo Enoir Greiner foi quem identificou o potencial da região para este tipo de turismo. De acordo com ele, existem cinco geoparques no Brasil, três no Rio Grande do Sul. “Temos aqui geossítios paleontológicos de relevância internacional, caracterizados pela ocorrência de fósseis de aproximadamente 200 e 250 milhões de anos, temos uma riqueza arqueológica deixada pelos indígenas e povos pré – período missionário, além de todo o acervo histórico e cultural das etnias da região. Tudo isso deve ser conservado e divulgado para o mundo”, fundamentou o geólogo.
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