Nesta semana, agente de endemias colheu 18 amostras. Número preocupa, pois volume de chuva foi pouco
Nesta semana, durante visitas e vistorias aos pontos estratégicos e armadilhas, o agente de combate a endemias da Vigilância Sanitária de Vera Cruz, Jorne Petry, se surpreendeu com o número de amostras de larvas coletadas. Segundo ele, houve aumento significativo. Somente nesta semana em que monitorou os locais, foram coletadas 18 amostras, que serão analisadas pelo médico veterinário e coordenador do setor, André Sant’Anna, no Laboratório de Entomologia, onde será possível dizer a espécie das larvas. “Chamou a atenção, pois com tão pouca chuva coletamos tantas amostras”, diz. “É um alerta”, acrescenta. “Há uma preocupação, pois os dias chuvosos ainda estão por vir”, conclui.
Mesmo com a chegada do inverno e a queda de temperatura, a população vera-cruzense não deve reduzir a atenção no combate ao Aedes aegypti, o mosquito transmissor da Dengue, Febre Chikungunya e Zika Vírus. No inverno, o mosquito segue se reproduzindo, no entanto, leva mais tempo para se tornar adulto, explica o agente Jorne Petry. “Diminui, mas não se elimina o mosquito. Por isso é preciso cuidar, inclusive, na estação mais fria do ano”, reforça.
Outro fator que faz com que a Vigilância fique atenta é o fato de municípios da região estarem com focos – mesmo que isolados – e infestados, como é o caso de Santa Cruz do Sul. Na semana passada, os agentes de endemias que pertencem a 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS) se reuniram e atualizaram o relatório de focos e infestações. Neste ano, foram encontrados focos isolados do mosquito Aedes aegyti nos municípios de Rio Pardo, Pantano Grande e Candelária. As peculiaridades, segundo comenta o agente Petry, é que os focos foram localizados na beira de rodovias, onde se encontram lixos e entulhos, ou seja, locais propícios para a proliferação do inseto. “Nosso entorno há casos isolados, mas os focos foram encontrados às margens de rodovias. O mosquito pode vir através de uma carga e se tivermos o local para que deposite a larva, ele pode se proliferar”, atenta, mesmo que Vera Cruz não tenha registrado focos nos últimos três anos.
Santa Cruz, que faz divisa com Vera Cruz, também faz com que os agentes locais monitorem a situação, já que o bairro Schulz está muito próximo. Só no ano passado, o bairro santa-cruzense continha 20 focos do mosquito, com cerca de 70 larvas. Neste ano passou para 70 focos e cerca de 320 larvas.
MONITORAMENTO
Além do trabalho preventivo nas residências, com auxílio de agentes de saúde, que percorrem os bairros – em que vistoriam e orientam, a Vigilância Sanitária conta com o monitoramento dos pontos estratégicos e armadilhas, espalhadas em locais que são possíveis criadouros para o mosquito. Inclusive há pontos nas entradas de acesso ao município. Para reforçar os cuidados, a Vigilância colocou um novo ponto de estratégia no Cemitério de Linha Fundinho, que fica às margens da ERS-412.
Confira a matéria completa na edição deste sábado do Jornal Arauto.
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