Mateus Bandeira concedeu entrevista ao Portal Arauto durante visita a Santa Cruz do Sul
O Grupo Arauto recebeu na tarde dessa quinta-feira (28) o pré-candidato do Partido Novo e possível pré-candidato ao Palácio Piratini, Mateus Bandeira. O ex-presidente do Banrisul, veio ao Vale do Rio Pardo para a inauguração do núcleo do Partido Novo em Santa Cruz do Sul.
Bandeira tem ampla trajetória no setor público. Além de atuar como presidente do Banrisul, foi Secretário Estadual de Planejamento e Gestão no Governo Yeda Crucius e presidente da Falconi Consultores nos últimos seis anos. Nos últimos dias, Bandeira tem se dedicado a difundir e fortalecer o projeto do Novo em diversos municípios do Rio Grande do Sul.
Durante a entrevista ao Portal Arauto, o pré-candidato falou sobre a crise nacional e também sobre os problemas enfrentados pelo Estado. Confira:
O Partido Novo
Mateus Bandeira: Representamos a indignação com a política tradicional. O Novo é o único partido que contrapõe o fundo partidário, o fundo eleitoral e defende a igualdade, liberdades individuais com responsabilidade, livre mercado e o indivíduo como agente de mudanças.
Nosso esforço hoje é de ganhar visibilidade, de disseminar a ideia do partido para o Estado, de buscar adesão da sociedade para aquilo que nós defendemos. Por isso estamos estimulando a criação de núcleos do partido. Já temos uma base forte em Santa Maria, Pelotas, Caxias, Porto Alegre e Santa Cruz do Sul (ideia é de criar 30 núcleos em todo o estado). Esperamos concluir esse trabalho até o final do ano e a partir de janeiro de 2018 começaremos a ouvir as pessoas, o grau de expectativa delas sobre a situação do estado, possibilidade de renovação que 2018 traz, dentre outras demandas.
Crise no Brasil
Mateus Bandeira: A situação é gravíssima e só se sairá dela com as reformas. O desarranjo fiscal ocasionou toda esse crise. Vivemos uma crise econômica muito grande que caminha do lado da instabilidade política e essa crise política coloca em compasso de espera os investimentos.
O ano de 2018 é importante porque nos leva para uma encruzilhada de escolhas. Uma é a rota de reformas, que tem tudo para levar o país a voltar a crescer. Do contrário vamos para um rumo complicado, seguindo o rumo de países populistas. Acredito que com a população entendendo e apoiando essas mudanças, renovando o Congresso Nacional, daremos início à retomada. Acho que a gente vai conseguir promover uma grande reforma no congresso.
Crise no Rio Grande do Sul
Mateus Bandeira: A situação que vivemos hoje não é só fruto da gestão Sartori. Há cerca de quatro décadas o Estado gasta mais do que arrecada, de forma irresponsável. O déficit anual só aumenta, com estimativa para 2019, por exemplo, de déficit de R$ 2 a 7 bilhões.
A saída é o Estado encarar de frente os seus problemas. O problema número um é o gigantismo e o dois, que está diretamente ligado ao um, é o conjunto de regras, benefícios e privilégios do serviço público; e a previdência é um deles. O Rio Grande do Sul gasta mais com inativos e pensionistas do que com ativos. As pessoas se aposentam muito cedo e com salários muito generosos, com aposentadoria acima do teto, o que é um escárnio com a população que trabalha só para pagar impostos em cinco meses do ano.
A melhor das hipóteses é renovar as alíquotas do ICMS, entrar no regime de recuperação fiscal, sem dar reajuste pra niguém e jogar a dívida lá pra frente. Enxugar o Estado e transformar em um estado que cuide apenas do essencial.
É todo um conjunto de medidas para, em algum momento, equacionar receita e despesa. Isso se dá também com um amplo programa de privatizações, com um amplo programa de desburocratização, de simplificação, de melhoria do ambiente de negócios para atrair investidores privados.
O que fazer a curto prazo
Mateus Bandeira: No primeiro dia começar a cortar despesas, promover privatizações, claro que contando com o apoio da assembleia. Se não fizer isso não tem condições de fazer mais nada. O estágio que a gente chegou parcela só para uns, para outros não. Se falta recurso, falta recurso para todos. O imposto que a gente paga é o mesmo. Todos deveriam sofrer as consequências de um Estado quebrado para que todos fossem agentes do reajuste.
Além é claro de um programa de melhoria do ambiente de negócios. Hoje, o empresário tem que carregar um saco de 100 quilos nas costas. Isso precisa deixar de existir.
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