Santa Cruz registra menor índice de infestação de Aedes Aegypti desde 2021

O Setor de Vigilância e Ações em Saúde, vinculado à Secretaria Municipal de Saúde, realizou, entre os dias 12 e 16 de agosto, mais um Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa) em Santa Cruz do Sul. Nesta edição, foram visitados 2.590 imóveis, distribuídos em 425 quarteirões de todos os bairros do município.

Em entrevista ao Direto ao Ponto, na Arauto News, a coordenadora de Ações e Vigilância em Saúde do município, Francine Braga, revelou que de 137 amostras, apenas 29 tiveram resultados positivos. Segundo ela, este é o menor índice desde o primeiro levantamento realizado pelas equipes, em junho de 2021.

“O que esses números nos contam? Que historicamente, desde 2021, que se faz esse levantamento, esse é o menor índice de proliferação. Ou seja, estamos em médio e baixo risco, e mesmo assim, o médio risco está quase no baixo. Então, o nosso índice de infestação do Aedes nesse momento é 0,9. E o grande campeão nesses anos todos foi justamente em janeiro de 2024, que tivemos em 9,6, em risco altíssimo”, explicou.

Foto: Divulgação

Segundo a profissional, oito focos do mosquito foram encontrados em pneus; sete em baldes; quatro em potes; três em ralos; e um de cada em planta, panela, garrafa, cocho, casca de coqueiro, caixa de correio e caixa d’água.“O que nos mostra isso? Os pneus estão sendo possíveis criadores de focos. O que a gente atribui a isso? A população precisa, em Santa Cruz do Sul, junto ao meio ambiente, existe a Crepel, que faz o recolhimento e dá a destinação correta”, disse.

O setor está organizando uma ação, junto à Central de Recebimento de Pneumáticos e Eletrônicos (Crepel), para recolher pneus e evitar a proliferação do mosquito. Outra orientação da coordenadora é para que os pais vacinem seus filhos contra a dengue. Até o momento, apenas 663 imunizantes foram aplicados, de um total de 1.755 doses disponíveis, para crianças entre 10 e 14 anos.

O LIRAa  é um método de amostragem, definido pelo Ministério da Saúde, e que é realizado em todo Brasil para avaliar os índices de infestação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela.