A volta das operações do Salgado Filho é um acontecimento emblemático e de notável importância para a reconstrução do Rio Grande
SEMANA começou de forma significativa para boa parte do Rio Grande. Pouco depois das 8h, o primeiro avião comercial tocava a restaurada pista do Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre, depois de 171 dias fechado por causa da grande enchente de maio passado. O fato foi repercutido em todas as redes sociais, com imagens a bordo de passageiros visivelmente emocionados. Já na área de taxiamento, com uma bandeira do Rio Grande sendo desfraldada da cabine de comando, os 180 ocupantes entre passageiros e tripulação, foram recepcionados pelo governador Eduardo Leite e funcionários do Aeroporto. Para o voo histórico, procedente de Campinas, SP, a companhia aérea Azul confiou o comando da aeronave a dois gaúchos, o comandante Carlos Coster, de 40 anos, de Porto Alegre e o copiloto Henrique Schneider, de 26 anos, de Ivoti. O salão de desembarque estava lotado, teve banda de música alemã, mascotes da Serra Gaúcha, distribuição de chocolates de Gramado entre outros mimos. A retomada das operações é parcial, até porque a reconstrução da pista não está totalmente concluída, o que deverá ocorrer em dezembro com reinício dos voos internacionais. Houveram algumas quedas de energia e comunicações no primeiro dia, porque o sistema está operando de forma emergencial, mas que não impediram o andamento dos serviços. A volta das operações do Salgado Filho é um acontecimento emblemático e de notável importância para a reconstrução do Rio Grande, eis que irá movimentar a economia e o turismo, principalmente nesta época do ano. Convém destacar, que tão logo as chuvas de maio cessaram, o pessoal do agro deslocou motores e bombas para a sucção das águas da área do aeroporto. Graças a essa iniciativa inédita e providencial dos produtores rurais, em forma de mutirão e solidariedade, foi possível o imediato levantamento das reais condições do estrago causado pela enchente e tomada de decisões para que o quanto antes as obras e serviços de recuperação fossem priorizados.
POIS, da mesma forma, ações de cooperação mútua multiplicaram-se pela Província de São Pedro. Comunidades em situação de isolamento procuraram uma forma de resolver os seus problemas mais urgentes. Pontes emergenciais foram construídas para que não houvesse descontinuidade no abastecimento. Dunga, o capitão do tetra da nossa Seleção, juntamente com os craques Tinga e D’Alessandro desenvolveram ações sociais com entrega de toneladas de alimentos e até casas para as famílias mais carentes. Tinga leiloou um carro antigo para criação de um centro social. E o “Véio” da Havan? Ele incorporou o pejorativo que as milícias digitais da esquerda colaram nele, e fez disso um marketing. Doou centenas de móveis e eletrodomésticos para as famílias que perderam tudo. É assim, com ações humanitárias, que o Rio Grande vai superando seus dias mais difíceis, porque o dinheiro da “casa da moeda” ainda é uma miragem…
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