“É bem cultural, o que não quer dizer que não seja ilegal”, diz soldado da Patram sobre rinha de galo

Na última semana, a Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram), em conjunto com o 2º Batalhão de Polícia Militar (2º BPM), realizou uma ação de combate ao crime de rinha de galo no interior de Rio Pardo. Em entrevista ao Grupo Arauto, o soldado Lucas Neves, integrante da Patram, destacou a operação.

Segundo Neves, a ação foi resultado de uma investigação de inteligência. De acordo com o soldado, a equipe recebeu informações sobre a realização de uma rinha de galo em uma propriedade rural, onde estavam presentes 31 pessoas e vários animais em condições de maus-tratos. Na ação, foram apreendidos 32 galos mura, medicamentos, pulseiras personalizadas, esporas plásticas e equipamentos cirúrgicos utilizados nos animais. Além disso, os policiais identificaram e autuaram as pessoas envolvidas.

“É uma questão cultural da nossa região. Quando nós fazemos a abordagem, o pessoal tem um pouco de dificuldade em compreender a questão dos maus-tratos, porque o animal em si é agressivo, o galo é agressivo e territorialista. Então, o pessoal une essa questão ao combate e também a questão de apostas. É bem cultural, o que não quer dizer também que não seja ilegal”, destacou o soldado.

Atuação da Patram

A Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) de Rio Pardo é responsável por monitorar e coibir crimes ambientais relacionados à flora e fauna , como desmatamento, criação irregular de animais silvestres, maus-tratos, e a mineração de areia nos rios, em 14 municípios da região.

Além disso, realiza a fiscalização da pesca, especialmente no período de piracema, fazendo o patrulhamento constante de 280 quilômetros de rios navegáveis. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância da preservação ambiental e o cumprimento das normas.