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Santa-cruzense de 72 anos disputa Mundial de Canoa Havaiana na Oceania

Publicado em: 18 de agosto de 2023 às 09:52 Atualizado em: 08 de março de 2024 às 12:04
  • Por
    Emily Lara
  • Fonte
    Portal Arauto
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    Equipe brasileira da categoria 70+, formada por seis pessoas, competiu em Samoa

    A santa-cruzense Carmen Laura Backes dos Santos, de 72 anos, embarcou junto a um grupo de mulheres com mais de 70 anos para disputar o Campeonato Mundial de Canoa Havaiana na categoria 70+, que ocorreu em Samoa, na Polinésia.

    A equipe brasileira competiu na prova Master 70 na terça-feira (15), e deu um show de vitalidade e determinação, conquistando o sexto lugar dentre grandes equipes como a do Canadá, Austrália, Estados Unidos e Nova Zelândia. As brasileiras enfrentaram 16 horas de fuso horário, dois dias de viagem com longas escalas e um oceano desconhecido, com ventos fortes e um mar agitado.

    Carmen é natural de Santa Cruz do Sul, mas há dois anos decidiu explorar novos ares e se mudar para Cabo Frio, onde aprendeu a remar na canoa havaiana.

    “Sempre procurei praticar algum exercício durante toda a vida, hidroginástica, natação, ginástica localizada, Pilates e vim morar num lugar mais central do país para fugir do frio. Hoje me realizo com a pratica da canoagem”, disse a atleta santa-cruzense.

    Para realizar este grande sonho, a caminhada foi de muita luta e determinação, já que não havia patrocínio. O valor necessário para os custos da viagem e da competição seria por volta de R$120 mil, um valor alto, portanto, difícil. Mas essas grandes mulheres juntaram suas economias, com o apoio e a ajuda de amigos e familiares, e seguiram atrás de seus objetivos.

    A conquista para a vaga surgiu com a vitória no Campeonato Brasileiro, onde conseguiram o ouro e com ele a classificação para o Mundial e para o Pan-americano. A equipe é formada por seis atletas na categoria 70+, sendo residentes de Cabo Frio e Araruama/RJ. Algumas atletas já praticavam o esporte há tempos, outras iniciaram recentemente. Elas treinam pelo menos três vezes na semana e remar virou um hábito constante, mas mais que isso, se tornou uma paixão.

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