Santa-cruzenses relatam situação do coronavírus nos EUA e Itália

O coronavírus se espalha pelo mundo e muda, a cada dia, a rotina de milhares de pessoas. De fácil transmissão, em pouco tempo ele é capaz de alterar os números. No início de março, o Portal Arauto conversou com a santa-cruzense Iana Knak, que mora há sete anos na Itália. No dia 4, eram 52 mortes. Nesta terça-feira (17), são 2.503 óbitos. A advogada relata que muita coisa aconteceu nessas poucas semanas. As academias estão fechadas, assim como os estabelecimentos públicos e privados. Apenas empresas consideradas centros produtivos – como a que Iana trabalha – têm autorização para ficarem abertas. "Apenas alguns mercados estão abertos e com horário reduzido. Ou seja, mais ou menos somente serviços de primeira necessidade", conta. 

E o que está aberto, tem acesso limitado. No mercado que a advogada costuma frequentar, de pequeno porte, apenas quatro pessoas podem entrar no local simultaneamente. "Nunca pensei viver isso, mas não entrei em pânico. Mexendo aqui e ali, tudo se ajeita", diz. Porém, ela recomenda que as pessoas estejam atentas e não ignorem as regras. "Pensa que somos infinitamente menores que a China. Então as proporções são muito grandes. Se no Brasil as pessoas continuarem tirando sarro, ou entrando em pânico, ou seja, sem se concentrar no problema, a hora que o contágio disseminar vai ser triste", destaca. 

No outro lado do oceano, está o santa-cruzense Orlando Norberto Kessler, de 80 anos. O empresário vive com a família no Estados Unidos há 21 anos e enfrenta, com muita atenção, esse período de pandemia. "Vivemos como a grande maioria das famílias: enclausurados em casa. Mas, recebemos a notícia da chegada do vírus com normalidade. Afinal, os Estados Unidos estão muito bem preparados e sabem lidar com estas guerras bacteriológicas. Graças a Deus estamos bem", comenta. A rotina de Kessler e dos familiares mudou com a chegada da Covid-19. Todos saem de casa apenas em situações extremamente necessárias e passaram a utilizar, diariamente, o álcool gel. "Acompanhamos tudo pelo notíciário e acreditamos que, em menos de uma semana, tudo volte ao normal", fala. 

Números

• ITÁLIA: 31.506 casos confirmados e 2.503 mortes
• ESTADOS UNIDOS: 1.678 casos e 41 mortes

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