Geral e Covid 19

Circulação de ônibus diminui em até 80% na região

Publicado em: 16 de abril de 2020 às 18:38 Atualizado em: 22 de fevereiro de 2024 às 08:38
  • Por
    Taliana Hickmann
  • Fonte
    Jornal Arauto
  • Foto: Jornal Arauto / Lucas Batista
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    Em Vera Cruz e Santa Cruz, pandemia afeta transportes e provoca queda no movimento nas rodoviárias

    O vai e vem de ônibus nas vias está cada vez menos frequente. Com a pandemia, as empresas de transportes passaram a adotar medidas para a contenção de gastos, entre elas diminuir as linhas, mantendo preferencialmente horários de início da manhã e à tardinha. Algumas delas operam com apenas 20% da frota e, mesmo assim, algumas viagens que antes eram de 40 passageiros, hoje contam com menos de 10.

    Na empresa Primavera, que transporta passageiros entre Vera Cruz e Santa Cruz do Sul, das 17 linhas que operavam antes da pandemia, hoje são apenas sete. São mantidos os horários do início da manhã, meio-dia e fim da tarde. “Fazemos um controle diário do fluxo de passageiros em cada horário. Para respeitar a capacidade de até 50% de pessoas nos ônibus, temos as linhas de reforço também”, revela Lucas Ivan Cembrani, supervisor da empresa. Das linhas que passam pelo interior, é mantida apenas a que transporta os passageiros da localidade de Ferraz – que retornou na terça-feira. Já as rotas turísticas estão suspensas. Com redução da frota nas ruas, o quadro de funcionários também diminuiu. Além disso, Lucas revela que a empresa tem lucrado cinco vezes menos. 

    Para empresas sediadas em Santa Cruz do Sul, a situação também é preocupante. Em uma delas, a Viação União Santa Cruz, por exemplo, a operação das linhas caiu em 80%, após suspensão das interestaduais – conforme determinação do governo estadual – e com a flexibilização das intermunicipais. Quem também opera com 80% de frota a menos é outra empresa vera-cruzense: a Transportes Castro. Mesmo com a diminuição das linhas para conter os gastos, um dos proprietários, Douglas Castro, revela que a situação financeira é preocupante. “Praticamente pagamos para trabalhar. É complicado, pois em uma rota de 20, 30 quilômetros, às vezes transportamos entre três e seis passageiros”, avalia. Como forma de evitar a demissão de funcionários, alguns estão em férias. O que ainda deve colaborar com o orçamento daqui para frente, segundo Douglas, são os fretamentos para companhias que devem retornar as atividades nos próximos dias.

    MAIS CUIDADO
    Como prevenção ao coronavírus, as empresas contatadas pela reportagem intensificaram a limpeza dos ônibus, têm disponibilizado álcool gel, bem como máscara aos funcionários. Umas delas, inclusive, oferece máscara a passageiros do grupo de risco ou que estejam espirrando e orienta que pessoas com qualquer sintoma não viagem.