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O cooperativismo do padre Amstad refletiu na vida dos imigrantes

Publicado em: 15 de agosto de 2024 às 08:00
NOVO EPISÓDIO FALA DA RELAÇÃO DO COOPERATIVISMO NA VIDA DOS IMIGRANTES | MILENA MUELLER
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Assunto é o tema do 20º episódio da série Da Alemanha aos Vales, que conta a história da colonização alemã no Rio Grande do Sul

A série “Da Alemanha aos Vales: a história de um povo que transpassa gerações” chega ao 20º episódio. Lançado nesta quinta-feira (15), viaja não apenas para a serra gaúcha, mais precisamente a Linha Imperial, em Nova Petrópolis, mas também no tempo. Foi buscar o legado que o padre jesuíta Theodor Amstad deixou ao criar, em 1902, a Caixa Rural, a primeira cooperativa de crédito voltada aos agricultores.

Paulo César Soares, diretor Executivo da Casa Cooperativa | Milena Mueller

Paulo César Soares, diretor Executivo da Casa Cooperativa, de Nova Petrópolis, falou sobre a relação da imigração alemã com o cooperativismo. “É um dos grandes legados que a comunidade germânica deixa ao nosso país. Quando chega para cá o patrono do cooperativismo, o padre jesuíta Theodor Amstad, ele veio para amparar os colonos germânicos que estavam sofrendo. Receberam as terras pelas quais trabalharam, mas nem todas as promessas haviam sido cumpridas. Havia muito abandono, faltava professor, cuidado médico e muito amparo. Muitos jesuítas vieram para cá com essa missão de ajudar”, descreve. Padre Amstad foi um deles e com suas ideias associativistas, passou a influenciar as pessoas, falando sobre o movimento cooperativo, que tomou forma. E percebeu que a partir disso, poderia transformar realidades.

Os episódios anteriores falaram sobre a chegada dos alemães no Rio Grande do Sul, o início da colonização no Vale do Rio Pardo, a chegada dos imigrantes em Santa Cruz do Sul e pontos importantes para a economia na época (como a Praça da Matriz, em Rio Pardo).

A construção da cidade de Santa Cruz do Sul também foi abordada, assim como o desenvolvimento em localidades do interior, como Rio Pardinho, Formosa, Ferraz, Monte Alverne, Boa Vista, entre outros.

Também teve destaque para a cultura e tradição dos costumes do povo alemão e a Oktoberfest, os conhecimentos trazidos pelos imigrantes na fabricação de ferramentas para o uso no campo, a origem dos nomes das localidades do município de Vera Cruz, a influência da maçonaria no processo de colonização, a formação das sociedades esportivas e culturais e o primeiro cemitério evangélico comunitário de Santa Cruz. Ainda, a preservação da língua na educação, o patrimônio arquitetônico que se mantém e a família que preserva a agricultura artesanal.

Em 2024 o protagonismo germânico no Brasil completa 200 anos. O povo contribuiu com o desenvolvimento de muitas cidades no Brasil, em especial, a região de Santa Cruz do Sul, que cultua a tradição e dos costumes do povo alemão.

Ao todo, serão 24 vídeo-reportagens, contando a história da colonização alemã no Rio Grande do Sul. As publicações são feitas através das redes sociais. Ao final, uma edição especial, em forma de documentário será editada.

Confira os episódios anteriores:

Veja o 20º episódio: