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Segurança pública nas propriedades rurais é tema de painel em Rio Pardo

Publicado em: 14 de novembro de 2024 às 16:17
  • Por
    Mônica da Cruz
  • Colaboração
    Pedro Thessing
  • Foto: Pedro Thessing/Grupo Arauto
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    Evento ocorreu na noite dessa quarta-feira, no Parque de Exposições Apelles de Quadros

    A Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC) e Inspetoria Veterinária de Rio Pardo, realizaram, na noite dessa quarta-feira (13), o 1º painel rural.

    O evento foi coordenado advogado e diretor de Vinícula em Encruzilhada do Sul, Diogo Durigon; pelo advogado Roberto Teilor Bandeira; e pelo presidente do Grupo de Apoio a Brigada Militar (GABM), Thiago Pinho. A programação, que ocorreu no Parque de Exposições Apelles de Quadros, teve como objetivo debater a segurança pública nas propriedades rurais do município.

    Foto: Pedro Thessing/Grupo Arauto

    Participaram do evento o Delegado de Rio Pardo, Anderson Faturi; Comandante da Brigada Militar (BM) de Rio Pardo, Tenente Coronel Cássio Conzatti; Comandante da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) de Cruzeiro do Sul, sargento Édersom Barbosa; e o supervisor da Vigilância Sanitária de Rio Pardo, Pablo Ataíde. Além disso, associados dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais (STR) e do Sindicato Rural prestigiaram a iniciativa.

    Ao longo do evento, os representantes dos órgãos de segurança falaram sobre a segurança nas propriedades rurais e formas dos produtores protegerem seus espaços, bem como suas famílias. “É um painel muito importante. A gente pode fazer a conexão entre o campo e a área de segurança pública. O importante é prevenir, não deixar que o crime aconteça no campo, porque o campo está, muitas vezes, desguarnecido de segurança em virtude até da distância que estamos do cidadão. Com este painel, então, fazemos essa proximidade acontecer e conseguimos conversar diretamente com o cidadão que está no campo”, analisa o delegado Anderson Faturi.

    Para ele, é importante que o cidadão que reside no campo esteja atento a movimentação em sua propriedade e nos entornos, verifique a presença de pessoas estradas, que, muitas vezes, simulam pedidos de emprego, de entregas de produtos. Há casos, conforme o delegado, que a pessoa está no local para, na verdade, verificar se pode realizar alguma ação criminosa na propriedade, como um furto de implemento, de algum produto e equipamento utilizado, e até mesmo de animais. “É muito importante que a comunidade esteja atenta e saiba como reconhecer esse tipo de situação, repassar para a polícia para que a gente possa tomar as medidas necessárias para evitar que o crime aconteça. Porque depois que ele aconteceu já fica bem mais difícil.”

    Fotos: Grupo Arauto

    Com relação as punições para crimes cometidos na área rural, o delegado explica que a lei tem um endurecimento. “Nós temos ai o crime do abigeato, ele tem uma pena maior que o furto simples, por exemplo. Nós temos outros delitos que vem penalizando, só que, muitas vezes, é mais difícil da gente conseguir responsabilizar, porque é um crime que acontece na maioria das vezes na calada da noite, no meio da madrugada, e não há testemunhas ou vestígios que possam nos levar aos autores”, reflete.

    Outro ponto debatido no 1º painel rural foi com relação ao abigeato e os riscos que eles podem causar para a população. Coordenador da Vigilância Sanitária de Rio Pardo, Pablo Ataíde, explica que a compra de carne sem conhecimento da procedência, por exemplo, pode ocasionar em riscos sanitários. “Quando você compra ou consome uma carne que é abatida de maneira clandestina, esse produto não passou por nenhum tipo de inspeção sanitária. Então, consequentemente, tem-se o risco de uma transmissão de doenças, que a gente chama de zoonoses, que são doenças transmitidas dos animais para os homens”, afirma.

    Ataíde salienta que entre o trabalho da inspetoria veterinária está interligado ao das forças de segurança. De acordo com ele, essa parceria ocorre a partir do momento que o produtor tem a consciência de que é importante ele manter os registros de uma inspetoria. “Porque às vezes, vou dar um exemplo, o produtor vai lá e faz um boletim de ocorrência por furto de um animal. Só que ele não tem esse animal cadastrado na inspetoria. A polícia nos procura para saber como é que está a ficha do produtor e o produtor não tem o animal cadastrado. Se ele tivesse o animal cadastrado na inspetoria, a gente poderia ajudar a polícia a rastrear para onde pode ter ido esse animal dele”, destaca. “Então, na verdade, nosso objetivo aqui é mostrar a importância de manter os cadastros na inspetoria atualizados, para que isso sirva de subsídio e de ajuda ao produtor a se prevenir ou até mesmo de conseguir comprovar um furto, um transporte irregular de animais”, complementa.

    Cada um dos participantes apresentou informações a respeito do trabalho realizado pelos órgãos de segurança e como os produtores podem contatá-los. No final do painel, foi anunciado o repasse financeiro para a Patrulha Rural de Rio Pardo realizar a aquisição de um veículo. O montante é oriundo de uma arrecadação de todos sócios produtores, empresas e também da Câmara de Vereadores de Rio Pardo.

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