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De bombacha, mulheres jogam Grenal no domingo

Publicado em: 13 de setembro de 2018 às 10:52 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 13:16
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Evento preza o tradicionalismo, a integração e o respeito entre coloradas e gremistas

    Quem pensa que futebol e bombacha é coisa só de homem está muito enganado. Há oito anos um grupo de meninas se reúne e realiza o já tradicional Grenal de Bombacha, sempre na Semana Farroupilha, em que é obrigatório, ao menos, um item da indumentária gaúcha. Na competição, o único homem é sempre o juiz. Desta vez, ocorre neste domingo (16), às 15h30min, na Sede da Souza Cruz, em Santa Cruz do Sul. É aberto ao público com entrada gratuita.

    A organizadora do evento, Gabrieli Jacobs, conta como surgiu a ideia de aliar as tradições, tanto a gaúcha como o Grenal. "Era feriado e não tínhamos conseguido quadra pra jogar naquele dia, jogo normal como sempre fazíamos. Daí a Simoni, responsável pelo time, chamou todo mundo para ir na quadra da Unisc e de bombacha, já que era 20 de setembro. Daí a maioria foi pilchada e desde lá, começamos a fazer isso todo ano, aos poucos foi se tornando o evento do ano para nosso time. Hoje o jogo só sai se tiver um churrasco junto, antes ou depois", lembra.

    Ela destaca como ponto forte do evento o tradicionalismo e a integração entre as atletas do time com atletas de outras equipes e seus familiares. "O evento sempre tem convidados, é aberto. Destacamos principalmente as boas relações entre gremistas e coloradas, sempre na base da brincadeira e nunca na ofensa. Nosso time sempre prezou pelas boas relações e através deste evento conseguimos comemorar o tradicionalismo gaúcho e a amizade de uma forma divertida e marcante para quem participa", fala.

    Críticas

    Mesmo em um evento em que se prega a amizade e o respeito, as meninas do Boa Forma Futebol Feminino, já passaram por situações de preconceito. "Uma vez recebemos uma crítica, via rede social, que não deveríamos jogar de bombacha por sermos mulheres! E para nós foi marcante, porque nos dias de hoje não é aceitável ouvir isso. Mas fortaleceu ainda mais o nosso tradicionalismo, onde reconhecemos a força das mulheres e, claro, usamos o que queremos!", complementa.