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Déficit do Hospital Santa Cruz deve atingir R$ 7 milhões em 2025

Publicado em: 13 de janeiro de 2025 às 10:17
  • Por
    Kássia Machado
  • Colaboração
    Bianca Mallmann e Paola Severo
  • FOTO: JUNIO NUNES/HOSPITAL SANTA CRUZ
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    A partir de fevereiro, a administração da entidade dará início a ações voltadas para minimizar o impacto financeiro

    O Hospital Santa Cruz (HSC) enfrenta um desafio financeiro com um déficit aproximado de R$ 7 milhões para 2025. O número foi revelado pelo diretor-geral da instituição de saúde, Rolf Fredi Molz, em entrevista ao programa Direto ao Ponto, da Arauto News.

    Conforme Molz, o cenário financeiro do hospital é delicado. “Somos um hospital de ensino com quase 86% dos atendimentos realizados pelo SUS. Sabemos que, no final das contas, essa equação não é positiva. Temos um déficit significativo no orçamento de 2025, que estamos tentando reduzir por meio de emendas parlamentares e, possivelmente, com a implementação de novos serviços”, afirmou.

    A partir de fevereiro, a administração do hospital dará início a ações voltadas para minimizar o impacto financeiro. “Não é uma curva fácil de reverter, mas precisamos, ao menos, reduzir seu ângulo para diminuir o déficit”, destacou Molz.

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    De acordo com o diretor-geral, o déficit de R$ 7 milhões está relacionado a diversos fatores, incluindo os atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a falta de reajuste na tabela do sistema. “A tabela SUS está congelada há muitos anos. Eventualmente, ocorre algum reajuste, mas não é suficiente para cobrir os custos crescentes que enfrentamos”, explicou.

    Segundo o diretor-geral do HSC, apesar do auxílio proveniente de alguns recursos, existem alguns custos que não são cobertos e que causam a deficiência orçamentária da instituição. “Nós temos um apoio importante com alguns programas do estado. Temos uma contratualização com o município, que também sofreu um reajuste e teve um acréscimo por conta da UTI pediátrica. Nós contamos com uma série de recursos, mas, como a saúde mantém uma porta aberta, há um fluxo de exames que, às vezes, são necessários e, claro, não deixaremos de realizar. Então, a gente sempre acaba ficando um pouco atrás nessa questão orçamentária”, descreveu.

    Outro aspecto que contribui para os altos custos da instituição é a manutenção de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Nível 3. Essa unidade exige um número maior de profissionais, como enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos disponíveis 24 horas por dia, durante os 365 dias do ano.