O movimento inclui um “tratoraço”, com o deslocamento à capital de diversos tratores empregados em propriedades rurais espalhadas pelo Estado
O governador Eduardo Leite participou, na manhã desta quinta-feira (8), de um ato do Movimento SOS Agro RS, que levou centenas de produtores rurais à Casa do Gaúcho, em Porto Alegre. Durante a mobilização, Leite voltou a cobrar soluções por parte do governo federal para a recuperação do setor agropecuário no Rio Grande do Sul, considerando que as medidas anunciadas até agora são insuficientes para atender às demandas apresentadas pelo segmento.
Em seu pronunciamento, Leite reforçou que o setor foi duramente atingido pelas enchentes de abril e maio e pelas estiagens que acometeram o Estado nos últimos anos, e criticou a disparidade existente entre o Sul e outras regiões do país em termos de políticas de incentivo criadas pelo governo federal.
“O tratamento que é dado ao Sul do Brasil, e especialmente ao Rio Grande do Sul, é desleal do ponto de vista federativo e está desequilibrado por demais. Não estamos lutando para tirar recursos das outras regiões, mas, sim, por um tratamento adequado ao Rio Grande, mais ainda diante das calamidades que temos enfrentado. Não nos contentamos com o pouco que ofereceram ao Estado até agora e que estão colocando na mesa para o agro gaúcho”, enfatizou.
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“É a alma empreendedora gaúcha, que diante do clima tem sido tão sacrificada, que invoca a Brasília: agora é a hora de o pacto federativo, com o qual sempre contribuímos para tantas outras regiões, ajudar o Rio Grande do Sul e o agro gaúcho a se reerguerem. Quem produz no campo tem urgência e não pode ficar esperando”, completou.
Leite também comentou a insatisfação do setor em relação à Medida Provisória nº 1.247, publicada pelo governo federal na semana passada. “A MP não endereça todas as soluções, não atende às necessidades que estão sendo expressas aqui e sequer foi regulamentada. O processo está muito demorado e burocratizado”, disse.
As principais demandas do segmento junto ao governo federal são a prorrogação das dívidas por 15 anos, com carência de três anos e juros de 3% ao ano; e crédito para reconstrução, reinvestimento e capital de giro nas propriedades. O movimento inclui um “tratoraço”, com o deslocamento à capital de diversos tratores empregados em propriedades rurais espalhadas pelo Estado.
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