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50 filhos de associados da Sicredi recebem bolsas de estudos na Efasc

Publicado em: 07 de julho de 2017 às 15:35 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 14:53
  • Por
    Jaqueline Gomes
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto Portal Arauto/Luiza Adorna
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    No nono ano de parceria, convênio foi renovado nesta tarde

    Preocupados com o futuro da agricultura, diante de uma sociedade rural cada vez menos jovem, a Sicredi Vale do Rio Pardo vai beneficiar 50 filhos de associados com bolsas de estudos na Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (Efasc). O convênio, que chega em seu nono ano, foi renovado na tarde desta sexta-feira (7), no prédio da instituição de ensino, em Linha Santa Cruz. 

    Com o estudo técnico agrícola, o objetivo é manter e fomentar o interesse nos jovens pela vida rural e produções agrícola. "É preciso pensar em sucessão", diz o presidente da Sicredi VRP, Heitor Álvaro Petry. As bolsas disponibilizadas neste ano vão gerar um custo de R$ 3.200 por aluno/ano. O valor é advindo do Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social (Fates), aprovado em Assembleia Geral Ordinária. Para Petry, é importante que as famílias saibam que é graças a elas que esse projeto funciona em prol de seus filhos.

    Desde 2011, 369 bolsas já foram concedidas. Para receber, é preciso ser filho de associado há, pelo menos, três anos. Além disso, é necessário ser adimplente. Com a avaliação do Conselho de Administração, foi definido que serão 13 estudantes beneficiados no primeiro ano, 17 no segundo e 20 para o terceiro ano. O coordenador da Efasc, João Paulo Reis Costa, agradeceu por mais uma parceria. "Esse apoio é muito importante", destaca. 

    "É preciso explicar a vida no campo"
    Falando diretamente aos alunos, o presidente Petry fez um pedido: "Não desmereçam as atividades de seus pais. É preciso valorizar a vida no campo. Quando as pessoas comem, elas precisam lembrar de onde o alimento vem". Ele ainda salientou o quanto seria importante se as escolas na área urbana também tivessem um currículo que falasse em agricultura. "Como o leite chega no mercado naquela caixinha? É preciso lembrar o trabalho do povo do campo, para que os agricultores sejam mais valorizados em toda a sociedade", fala. Representando a Associação Gaúcha Pró-Escolas Agrícolas, Anderson Rodrigo Richter concorda: "A educação precisa vir da terra. Não temos que estudar pensando que nossa vida será na cidade", diz.

    "Quero seguir os passos de meu pai"

    O estudante do 2º ano da Efasc, Maicon Germano Zinn, se vê como outra pessoa após ter entrado na instituição. "Antes eu não ajudava, hoje eu percebo a importância do trabalho da minha família", diz. Com 16 anos, ele ajuda a mãe com o cultivo de hortaliças e com a avicultura. O seu desejo é seguir os passos do pai, já falecido. De Potreiro Grande, Passa do Sobrado, hoje Maicon passa as semanas na instituição em Santa Cruz do Sul. Daqui um ano e meio ele se forma no técnico agrícola.