Investigações da operação, deflagrada nesta quarta-feira, iniciaram há cerca de um ano
A Operação “Fábrica de Ecstasy”, deflagrada pela Polícia Civil de Venâncio Aires, nesta quarta-feira (6), cumpriu 13 mandados de prisão e 25 de buscas e apreensão em diversos pontos da área urbana e também na zona rural do município. Cerca de 90 agentes estão envolvidos nas ações.
Além das prisões, armamento, dinheiro e veículos foram apreendidos, e contas bancárias foram bloqueadas. Delegado titular da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Venâncio Aires e um dos responsáveis pela operação, Vinicius Lourenço de Assunção, explica que a “Fábrica de Ecstasy” visa combater o tráfico de entorpecentes, bem como a produção do produto realizada na Capital do Chimarrão.
“Essa droga é muito utilizada nas noites, nas festas, muito comercializada nas festas, entre jovens com alto poder de aquisição. E o nosso trabalho no dia de hoje visa combater essa organização especializada que vem abastecendo grande parte do mercado consumidor da região, dos Vales do Taquari e Rio Pardo. A produção que esses indivíduos têm feito é muito superior ao que é consumido aqui em Venâncio Aires, então, com certeza, parte dessa droga acaba escoando para outros municípios e abastecendo um grande número de cidades nas imediações da nossa”, detalha o delegado.
Conforme Assunção, a prova do envolvimento dos indivíduos que foram presos nesta quarta-feira já está constituída. Desta forma, segundo aponta o delegado, eles deverão responder por crime de lavagem de dinheiro, organização criminosa, tráfico de entorpecentes e associação para o tráfico. “É uma quadrilha muito grande, é um braço de uma facção criminosa. Então com o final da operação, com a coleta de outros elementos de prova, seguramente outros indivíduos vão ser responsabilizados também”, destaca.
Os presos na Operação “Fábrica de Ecstasy”, de acordo com o responsável, ocupam uma posição de maior status dentro da facção criminosa. “As grandes lideranças estão presas, mas esses indivíduos que estão sendo presos hoje, ocupam esse segundo escalão, que é o da gerência. São indivíduos que têm contato menor com a droga e com as armas, já que tudo isso fica escondido com terceiros, mas são indivíduos que gerenciam e comandam toda essa movimentação, o transporte, inclusive a fabricação desse entorpecente.”
As investigações iniciaram há cerca de um ano e devem seguir com novos desdobramentos, segundo detalha Assunção.
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