Trechos de ruas estão sendo recuperados, porque logo mais teremos a Feira da Produção, quando a “Villa” receberá milhares de turistas
VAI bem, obrigado, a estrada da Linha Henrique d’Ávila. Depois de três décadas de espera, os moradores terão finalmente sua via pavimentada e o fim da poeira, do barro e dos buracos. Um sonho acalentado vai se tornando realidade. Tenho na lembrança, de que muitos ônibus foram lotados pelos moradores da localidade, marcando presença no ginásio do Clube Vera Cruz para que a demanda fosse incluída no Orçamento Participativo do Estado. Mesmo assim, a cada ano, a resposta era uma nova negativa, apesar da pressão política de candidatos em busca de votos, mas com promessas que não se cumpriam. Até a municipalização foi tentada, esbarrando sempre na burocracia e as frustrações aumentando. Por ser uma estrada alimentadora de trânsito intermunicipal, eis que liga com o município de Rio Pardo, na localidade de Albardão, esperava-se mais receptividade do Piratini. As adversidades agora estão no passado. As obras, ainda que enfrentando os contratempos das chuvas de maio, estão seguindo o cronograma e têm a garantia de aporte de recursos para sua finalização. Uma vitória para ser celebrada por todos quantos nunca desistiram do sonho.
POR muito tempo ainda serão comentados os fatos de heroísmo ocorridos na catástrofe da enchente de maio. Os relatos, além da mídia tradicional, estão também nas redes sociais. O salvamento e o acolhimento de famílias foram priorizados, e nem seria diferente. Estradas mereceram atenção em seguida, pois era preciso garantir o abastecimento das cidades e o socorro dos desabrigados. Muitas rodovias intermunicipais e estradas do interior foram impactadas pela impetuosidade da correnteza das águas, atingindo níveis e áreas nunca antes alagadas ou obstruídas por deslizamentos de encostas. Aconteceu com a nossa 409, a ligação mais antiga e prática com Santa Cruz, que teve a cabeceira de uma ponte levada pelo rio Pardinho, imediatamente reconstruída em forma de mutirão e que agora está vendo a pavimentação sendo restaurada. Era preciso aguardar a estabilização e compactação do solo. Também trechos de ruas estão sendo recuperados, porque logo mais teremos a Feira da Produção pela frente quando a “Villa” receberá milhares de turistas. Deixar uma boa impressão é o que todos querem.
NA base do “pare-siga” estradas estão sendo liberadas. Na região vinícola, entre Bento Gonçalves e Veranópolis o trânsito tem hora marcada entre um sentido e outro com a fiscalização da Polícia Rodoviária, pois sempre tem aqueles que acham que podem mais e que “não dá nada”. A RSC-287, a principal ligação entre a capital Porto Alegre, Santa Maria e a Quarta Colônia e que também corta a região dos vales, está liberada. Em muitos trechos não há acostamento exigindo atenção e moderação dos condutores. Em direção a Mariante, foi feito um desvio ao lado do traçado original, que deverá receber uma ponte seca para evitar que a pista seja levada em cheias oportunas. Próximo a Santa Maria o Exército montou uma ponte provisória que pode suportar até 80 toneladas. Em comunidades do interior a população vai resolvendo seus problemas com soluções próprias. Até pinguelas foram montadas em estruturas de aço, custeadas por moradores. Com avarias generalizadas em estradas e quedas de pontes, o sistema rodoviário do Estado exigirá pesados investimentos na reconstrução, e uma vistoria cuidadosa nas estruturas que tiveram danos leves. Depois de tudo que aconteceu, todo cuidado é pouco.
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