Economia

Comércio deve vender menos no Dia dos Namorados

Publicado em: 04 de junho de 2024 às 15:01
  • Por
    Portal Arauto
  • Fonte
    Assessoria de Imprensa
  • FOTO: PIXABAY/Reprodução
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    Em compensação, lojistas estão notando um aumento nas vendas nos itens para residências, em função da enchente do mês passado

    O comércio local deve vender menos itens relacionados ao Dia dos Namorados em relação ao ano passado. É o que revela um levantamento realizado pela CDL Santa Cruz junto aos lojistas do setor. Mesmo assim, as vendas devem seguir aquecidas em função da alta na procura por eletrodomésticos, móveis e itens para a residência, em função da enchente do mês passado.

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    O presidente da CDL Santa Cruz, Ricardo Fernando Bartz, salienta que o varejo está sentindo um movimento em função do desastre da enchente, no mês passado. “Muitas pessoas estão buscando reconstituir os seus lares e acabam girando o comércio local. Santa Cruz do Sul, por ser uma cidade pólo regional, acaba atraindo consumidores de outros municípios e fortalece a economia local”, citou.

    Bartz observa que em relação ao Dia dos Namorados, ela deve movimentar alguns segmentos, em especial, o de presentes e de bares e restaurantes, porém, a data deve ter uma influência menor em relação aos anos anteriores.

    Cenário nacional

    O Dia dos Namorados deve levar 96 milhões de consumidores às compras, é o que aponta pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados pretendem presentear no Dia dos Namorados. A estimativa mostra uma queda numérica de 3,8 milhões em comparação com o ano passado.

    Os esposos ou as esposas aparecem em primeiro lugar (54%) no ranking dos principais presenteados, enquanto 37% pretendem presentear os(as) namorados(as).  Entre os que não vão comprar presentes, 53% não têm namorado(a), noivo(a) ou cônjuge, 13% vão priorizar o pagamento de dívidas e 11% não tem dinheiro.

    De acordo com o levantamento, 56% dos consumidores afirmam que devem comprar um único presente, enquanto 32% pretendem adquirir dois itens, sendo a média de 1,5 presentes.  “A pesquisa aponta uma pequena queda no número de consumidores que deverão ir às compras no Dia dos Namorados este ano na comparação com o ano passado. Apesar disso, a data é de grande importância para a economia, movimentando tanto o comércio, quanto bares, restaurantes, hotéis e até mesmo viagens”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    A pesquisa mostra que com relação às compras pretendidas, 34% esperam gastar mais este ano do que em 2023, 33% pretendem gastar o mesmo valor e 18% menos.  Comparado ao ano passado, 38% pretendem comprar a mesma quantidade de produtos, 23% devem comprar mais e 17% comprar menos.

    Entre as razões para gastar mais, os consumidores afirmaram que: pretendem comprar um presente melhor (61%, principalmente os não casados), que os produtos estão mais caros (25%) e que vão comprar mais presentes (20%).

    Já entre os que pretendem gastar menos, 27% estão com a situação financeira difícil, 22% atribuem a instabilidade econômica e 20% para economizar. Entre os entrevistados, 61% consideram que os preços dos presentes este ano estão mais caros do que ano passado. 33% acreditam que estão na mesma faixa de preço e 6% que estão mais baratos. 76% pretendem fazer pesquisa de preço antes das compras, principalmente pela internet.

    Em média, o consumidor brasileiro deve desembolsar R$ 238 com os presentes do Dia dos Namorados. Com isso, estima-se movimentar R$ 22,81 bilhões no varejo e serviços. A principal forma de pagamento será à vista (65%), enquanto 33% comprarão parcelado. As principais modalidades de pagamento serão: cartão de crédito parcelado (31%), PIX (27%) e cartão de débito (13%).

    Os presentes mais procurados serão perfumes, cosméticos e maquiagem (39%), roupas (37%), calçados (24%), um jantar (20%) e bombons e chocolates (18%).

    Quanto às comemorações, 37% planejam comemorar a data na própria casa, 29% em um restaurante e 9% na casa do namorado(a) /noivo (a). E 71% acreditam que vão receber presentes na data.

    57% pretendem comprar a maioria dos presentes em lojas físicas

    Sete em cada dez dos consumidores (67%) pretendem adquirir algum produto ou serviço para se preparar para o Dia dos Namorados, principalmente roupas (38%), perfumes, cosméticos e maquiagem (24%), lingeries e peças íntimas (20%), calçados (16%) e tratamento estético (13%).

    Na hora de escolher o local de compra, 57% pretendem fazer as compras em lojas físicas e 33% pela internet. Os principais locais de compra serão: lojas online (31%), shopping center (23%), shopping popular (12%) e lojas de departamento (8%).

    Entre os que dizem que irão comprar pela internet, 67% pretendem comprar em aplicativos, 62% em sites e 13% pelo Instagram. Os tipos de sites / lojas online mais citados são de varejistas nacionais (60%), varejistas internacionais (60%), seguidos dos sites de compra e venda de produtos novos ou usados (33%) e sites de lojas de maquiagem, perfumes, etc. (29%).

    Considerando os que pretendem comprar presentes em sites ou aplicativos internacionais, as lojas mais citadas foram: Amazon (69%), Shopee (61%) e Shein (43%). As principais justificativas dos que pretendem comprar em sites internacionais são os: preços mais baixos (77%), a variedade de produtos (59%) e a economia de gastos (45%).

    32% pretendem comprar presentes mesmo com contas em atraso

    Para impressionar o parceiro, muitos consumidores não veem limites e até ignoram os compromissos financeiros já assumidos. A pesquisa mostra que 32% dos entrevistados que pretendem comprar presentes irão às compras mesmo com contas em atraso, sendo que 68% estão com nome sujo.

    Os dados revelam ainda que 29% reconhecem gastar mais do que podem na compra de presentes para o parceiro. Entre os principais motivos, 30% acreditam que o esposo(a)/namorado(a) merece, 26% querem agradar o parceiro(a), não se importando se vão gastar mais do que deveriam (sobretudo as classes A/B e os não casados) e 16% gostam de impressionar.

    “O país passa por um período de recorde no endividamento dos consumidores. É preciso, acima de tudo, ter disciplina para conter os gastos e usar a criatividade para comemorar a data. Não vale a pena colocar o orçamento em risco para impressionar o parceiro”, orienta a especialista em finanças da CNDL, Merula Borges.