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Prevenção de riscos: a importância da remoção de cílios e unhas em cirurgias

Publicado em: 01 de agosto de 2024 às 08:00
  • Por
    Emily Lara
  • Foto: Bia de Moura/Grupo Arauto
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    Coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico do Hospital Ana Nery, Cássia Selestino falou sobre mitos e verdades de procedimentos cirúrgicos

    A realização de uma cirurgia exige alguns cuidados antes da operação a fim de garantir um procedimento seguro e que atenda as expectativas do paciente. A coordenadora de Enfermagem do Centro Cirúrgico do Hospital Ana Nery, Cássia Selestino, chama a atenção para o uso de piercings, extensão de unhas e alongamento de cílios.

    Segundo a profissional, durante um procedimento cirúrgico é usado um equipamento chamado eletrocautério, que corta e coagula os vasos sanguíneos. Esse aparelho, ao entrar em contato com o material do qual são feitos os cílios e unhas, ou a cola usada para grudá-los, pode resultar em queimaduras. Por isso, a enfermeira ressalta que é necessário fazer a remoção de todos esses materiais antes do processo. Já se utilizar esmalte, são permitidos apenas cores claras.

    Além disso, Cássia falou de um dos grandes medos da população que é a anestesia geral, onde o paciente tem o receio de dormir e não acordar mais. A enfermeira explica que com a constante observação do paciente e com novos medicamentos o procedimento é extremamente seguro e permite um sono tranquilo e despertar suave. Ainda, a profissional pontuou o uso do Índice Bispectral (BIS), um parâmetro que realiza a monitorização cerebral e faz uma avaliação direta dos efeitos de uma anestesia no paciente, indicando seu nível de consciência.

    Em uma família, falar sobre a necessidade de uma criança passar por uma cirurgia significa medo, mas esses procedimentos durante a infância são mais comuns do que as pessoas pensam. “É um processo todo muito seguro, temos monitorização o tempo inteiro”, afirmou Cássia.

    Outro ponto mencionado pela enfermeira foi a anestesia raquidiana, que é um tipo de anestesia regional que torna insensível à dor apenas uma parte do corpo, fazendo com que o paciente mantenha a consciência durante o procedimento cirúrgico. Pode ou não ser associada a uma sedação, na qual o paciente fica sonolento, dormindo e, geralmente, não se lembra de nada. Muitas vezes esse procedimento causa dúvidas e angústia nas gestantes. “A anestesia evoluiu muito. A agulha que o anestesista usa é bem fina, o médico introduz na medula e você nem sente. É muito seguro, dura de quatro a cinco horas”, explicou Cássia.

    No período pós-operatório, a profissional destacou que é importante seguir as recomendações do cirurgião e procurar o médico em caso de pressão baixa, sangramentos ou complicações recorrentes do procedimento. E em caso de dúvidas sobre o procedimento cirúrgico, o período deve ser discutido com o médico-cirurgião ou com o hospital, assim, evitando possíveis complicações e o cancelamento do procedimento.

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