Conclusão

Médico do Hospital de Candelária é indiciado por morte de paciente

Publicado em: 01 de março de 2025 às 10:23 Atualizado em: 01 de março de 2025 às 10:29
  • Por
    Cristiano Silva
  • Atendimento foi no Hospital Candelária | Foto: Diego Foppa
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    Simone Linhar, de 46 anos, foi liberada após atendimento em outubro de 2024 e acabou vindo a óbito

    A Polícia Civil de Candelária concluiu o inquérito que apurou a morte da empregada doméstica e cuidadora de crianças Simone Linhar, de 46 anos. O caso ocorreu no dia 3 de outubro de 2024, quando ela procurou por atendimento no Posto de Atendimento Médico (PAM) Central e, posteriormente, no plantão do Hospital Candelária.

    Após ser atendida, Simone foi medicada e liberada, mas acabou caindo em via pública, quando retornava para sua casa, que fica nas proximidades do hospital. Ela foi socorrida por populares e novamente levada ao Hospital Candelária, mas não resistiu às tentativas de reanimação.

    Segundo o delegado Tiago Bittencourt, o médico, de 35 anos, será indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. De acordo com a autoridade policial, após um minucioso trabalho de investigação foi possível constatar que houve negligência no atendimento prestado pelo profissional de saúde.

    “Foi um atendimento muito superficial. Existiam meios para aprofundar mais a indicação dada no PAM Central, visando confirmar ou descartar o relato do outro profissional, mas isso não foi feito e contribuiu para esse desfecho fatal”, comentou o delegado.

    Ainda conforme Bittencourt, no decorrer da investigação, foram ouvidas nove testemunhas, entre enfermeiros, médicos e pessoas próximas da família da vítima. Além disso, o aparelho celular da vítima foi periciado. O médico permanece atuando na unidade de saúde. Seu nome está sendo mantido em absoluto sigilo pelas autoridades policiais.

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