Cíntia Melissa Adam aposta na inclusão como recurso para levar a alegria
A música é uma linguagem universal que transcende barreiras e conecta pessoas de diferentes origens e culturas. Em Santa Cruz do Sul, uma mulher apaixonada pela música e pela Língua Portuguesa para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) está fazendo a diferença e tornando os eventos mais inclusivos e acessíveis para a comunidade surda.
Cíntia Melissa Adam, tradutora e intérprete de Libras na Viver Libras, é uma das sócias da empresa e tem se destacado por sua iniciativa de traduzir músicas para a língua de sinais. Com mais de seis mil seguidores no Instagram, ela compartilha vídeos de suas interpretações e, além da comunidade surda, também atrai ouvintes interessados em aprender Libras.
A história de Cíntia com a Libras começou na infância, quando teve contato com um vizinho surdo e teve a oportunidade de aprender alguns sinais. Ao longo dos anos, sua paixão pela língua de sinais cresceu e ela decidiu torná-la não apenas uma parte de sua vida pessoal, mas também de sua carreira profissional.
Sua jornada para se tornar uma intérprete de Libras começou quando se envolveu em atividades voluntárias na sua religião, onde teve contato com a comunidade surda e viu a importância da acessibilidade e inclusão. Desde então, ela tem trabalhado ativamente para promover a Libras em eventos culturais e educacionais.
A ideia de traduzir músicas para Libras surgiu naturalmente para Cíntia, que encontrou na música uma forma de praticar e aprimorar sua expressão facial e corporal na língua de sinais. Ela percebeu que essa iniciativa permitia que os surdos desfrutassem da música de uma maneira mais completa.
“É trazer alegria, da pessoa não se sentir excluída. O surdo também pode se divertir no evento que vai ter acessibilidade e inclusão. Com um profissional traduzindo, interpretando, ele vai entender as músicas que estão sendo tocadas. O surdo geralmente não frequenta esses ambientes porque não tem interprete”, disse.
Para Cíntia, seu trabalho vai além de simplesmente traduzir músicas e é uma forma de dar visibilidade à comunidade surda, promover a inclusão e celebrar a diversidade. Ela acredita que todos têm o direito de desfrutar da música, independentemente de sua capacidade auditiva.
“Eu reparo, através dos comentários no Instagram, que as pessoas gostam e falam que querem aprender a música que gostam em Libras. É uma forma das pessoas terem interesse em aprender para se comunicar com a comunidade surda, com o seu cliente, com o seu vizinho, com o seu parente. Esse trabalho é importante para esses dois ambientes, tanto pro surdo quanto para o ouvinte”, falou.
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