Polícia

Pelo quinto mês consecutivo, roubos a pedestre apresentam menor número da série histórica

Publicado em: 15 de fevereiro de 2024 às 08:52 Atualizado em: 18 de março de 2024 às 14:53
  • Por
    Nícolas da Silva
  • Fonte
    Governo do Estado do RS
  • Foto: Eduardo Wachholtz/Arquivo Portal Arauto
    compartilhe essa matéria

    Melhora nos indicadores está relacionada ao reforço das ações ostensivas da Brigada Militar e às operações da Polícia Civil para prender assaltantes

    Os roubos a pedestre no Rio Grande do Sul tiveram, em janeiro, o menor número em comparação com qualquer outro mês já registrado na série histórica (iniciada em 2010). A queda vem ocorrendo desde setembro de 2023. Em comparação com janeiro de 2023, a diminuição foi de 42%, baixando de 2.381 casos para 1.391.

    Em Porto Alegre, o número também caiu. Janeiro de 2024 encerrou com redução de 41%, passando de 1.088 em 2023 casos para 647 neste ano – menor registro da série histórica para o mês. 

    A melhora nos indicadores está relacionada, entre outros fatores, ao reforço das ações ostensivas da Brigada Militar e às operações da Polícia Civil para prender assaltantes. Iniciativas do tipo são consideradas essenciais para coibir os crimes de roubo a pedestre no Estado – em especial nos grandes centros, onde há maior circulação de pessoas.

    Roubos de veículo apresentam menor número de janeiro

    Os roubos de veículo tiveram, em janeiro, uma redução de 22% no Estado, passando de 358 casos no ano passado para 281 em 2024. Trata-se do menor número da série histórica para o mês desde 2002. Comparado ao pico de registros, em 2017, quando mais de 1,7 mil veículos foram roubados em um único mês, a redução é ainda mais expressiva, de 79,5%.

    A capital também seguiu a tendência de redução em comparação com o mesmo período de 2023. Janeiro de 2024 apresentou o menor número da série histórica para o mês: redução de 128 para 105 casos, uma queda de 18%.

    Leia também: Após onda de furtos no interior, moradores pedem por medidas que busquem coibir as ações criminosas

    O governo do Estado atua permanentemente no combate à receptação de veículos e peças sem procedência por meio da Operação Desmanche, iniciada em 2016. Desde o começo da ofensiva, já foram realizadas 135 edições, que levaram à apreensão de mais de 10 mil toneladas de sucata automotiva sem procedência.

    O número de roubos a usuários e motoristas de transporte coletivo também caiu em 2024: em janeiro, esse tipo de ocorrência teve redução de 40%.

    Assim como os demais crimes patrimoniais, as ocorrências em estabelecimentos comerciais também tiveram queda no primeiro mês de 2024, com 23% de redução, passando de 532 para 409.

    Crimes no campo seguem em baixa

    Mais uma vez, o crime de furto abigeato teve redução no Estado, com queda de 34% em janeiro. Em 2023, foram 301 casos no primeiro mês do ano; em 2024 as ocorrências do tipo caíram para 199.

    As ações da operação Agro-Hórus e as investigações das delegacias especializadas nessa ocorrência (Delegacias de Polícia Especializadas na Repressão aos Crimes Rurais e de Abigeato – Decrabs) são permanentes para manter a redução dos crimes no campo.

    Reforço no combate à criminalidade

    Em janeiro deste ano, os homicídios passaram de 163 para 187, aumento de 15%. Ocorreram, ainda, quatro latrocínios, um a mais que no mesmo período de 2023, mas todos estão elucidados e com autoria do crime identificada. Em três deles, os suspeitos foram presos. Os feminicídios passaram de dez casos em janeiro de 2023 para 11 em 2024. Das 11 vítimas, apenas três tinham medida protetiva de urgência.

    Com avaliação diária das estatísticas, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) reforçou reuniões, ações e operações para coibir as atividades do crime organizado. Além do acompanhamento contínuo dos indicadores, a SSP e as chefias das instituições vinculadas participaram, em janeiro, de reuniões com as forças de segurança nos municípios de Caxias do Sul, Passo Fundo e Pelotas por meio do programa RS Seguro. O objetivo foi o alinhamento de medidas necessárias para a retomada da redução dos CVLI.

    O titular da pasta, Sandro Caron, destaca que a SSP age imediatamente para coibir atividades criminosas. “Estamos constantemente atuando para enfraquecer e acabar com as organizações criminosas, e isso se faz com a asfixia financeira das quadrilhas. Por isso também atuamos no combate ao crime de lavagem de dinheiro e aos crimes patrimoniais. Na última semana de janeiro, já começamos a verificar uma tendência de redução dos índices de mortes violentas avaliados”, afirma.

    Além do reforço nas ações da Brigada Militar, a Polícia Civil realizou operações integradas, prendendo lideranças do crime organizado que estavam foragidas. No dia 10 de janeiro, foi preso, no Rio de Janeiro, um criminoso suspeito de liderar o crime organizado na Serra. Em 7 de fevereiro, outro criminoso, da mesma região, foi capturado em Santa Catarina. As duas operações contaram com apoio da Polícia Federal.

    A violência contra a mulher também é uma das prioridades para a segurança pública estadual. O governo tem reforçado o desenvolvimento de estratégias para acolhimento e defesa das vítimas. O projeto Monitoramento do Agressor, que começou em Porto Alegre e Canoas, está sendo expandido para o interior do Estado. Atualmente são 83 agressores monitorados eletronicamente, e todos que tentaram avançar à área restrita foram abordados e presos. 

    Além dessa estratégia pioneira no Brasil, o Estado conta com outras iniciativas para proteger mulheres vítimas de violência. As 81 Salas das Margaridas, as 114 cidades cobertas pela Patrulha Maria da Penha e a Delegacia Online da Mulher – espaço virtual específico para denúncias de violência doméstica – são algumas delas. Qualquer cidadão pode encaminhar informações pelo disque-denúncia (181) e pelo denúncia digital.

    Salas das Margaridas são espaços nas delegacias da Polícia Civil privativos e reservados para registro de boletins de ocorrências, oitivas das vítimas, pedido de medidas protetivas e demais ações que fazem parte da Lei Maria da Penha.

    Patrulhas Maria da Penha são equipes especializadas da Brigada Militar que atuam no enfrentamento da violência contra a mulher. Além de prestarem orientações às vítimas, agem preventiva e repressivamente com patrulhamentos em locais determinados para garantir o cumprimento das medidas protetivas.