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“Custo financeiro está sendo insustentável”, lamenta diretor do Hospital Santa Cruz

Publicado em: 08 de janeiro de 2024 às 06:05 Atualizado em: 06 de março de 2024 às 14:06
  • Por
    Eduardo Elias Wachholtz
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Divulgação
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    Com déficit de R$ 1,5 milhão por mês, casa de saúde tem buscado empréstimos para equilibrar as contas

    O Hospital Santa Cruz (HSC) enfrenta um desafio financeiro com um déficit mensal aproximado de R$ 1,5 milhão. O número foi destacado pelo diretor geral, Vilmar Thomé, durante evento na casa de saúde na semana passada. Logo depois do ato, em entrevista à reportagem do Portal Arauto, o gestor falou sobre a gravidade da situação e pediu engajamento de autoridades, lideranças políticas e a comunidade para superar os desafios.

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    O déficit acumulado ao longo de 2022 atingiu a marca de R$ 18 milhões e, agora, é aguardado o fechamento das contas de 2023 para divulgação do balanço mais atualizado. Thomé ressaltou que o custeio deficitário no Sistema Único de Saúde (SUS) é agravado pelos altos juros enfrentados no Brasil, levando o custo financeiro a um patamar insustentável. Atualmente, o hospital está financiando esse déficit por meio de empréstimos.

    Isso quer dizer que estamos na casa de R$ 1,5 milhão. Esse recurso vem sendo bancado com empréstimos e, com os juros altos que enfrentamos no Brasil, o custo financeiro está sendo insustentável. Nossa prioridade número um é a sustentabilidade dos serviços, garantindo mais recursos para o custeio e para o pagamento das contas relacionadas à assistência nas várias especialidades em que atuamos”, colocou o diretor.

    Segundo Thomé, emendas parlamentares são elementos complementares fundamentais para manter o funcionamento da instituição. Para ele, além dos recursos diretos provenientes da União, do Estado e do município, elas têm um papel crucial, destinando verbas para custeio, aquisição de equipamentos e obras e reformas, mas isso ainda não é suficiente para cobrir o déficit mensal.

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    Não estamos cogitando a suspensão de serviços no curto prazo, mas evidentemente chegamos no limite. Isso já é público há vários anos, não é novo. Agora, vamos buscar uma reversão na prática. Precisamos de mais aportes federais, estaduais, municipais, comunitários, por campanhas, por serviços, para que esse déficit seja reduzido a cada mês”, disse.