População está sendo encaminhada para o Ginásio de Linha Manguerião
Até o início da manhã desta terça-feira (5), três famílias e uma idosa haviam sido retirados de suas residências em Vila Mariante, no interior de Venâncio Aires. Eles foram deslocados por equipes da Prefeitura com apoio do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil e encaminhados para o Ginásio de Linha Mangueirão.
A projeção, conforme o coordenador da Defesa Civil de Venâncio Aires, Luciano Teixeira, é que mais dez pessoas deixem suas casas. "Temos agora mais dez pessoas pedindo para serem retiradas. Temos apoio do Corpo de Bombeiros e temos também um barco de um amigo nosso que está fazendo a retirada de umas pessoas."
Veja ainda: Pescador coloca barco a disposição para auxiliar no resgate de famílias ilhadas em Vila Mariante
Uma das famílias retiradas é a de Rejane Hein. Moradora da localidade há seis anos, ela relata que enfrentou a enchente de 2020 – a oitava maior da história do Rio Taquari. No entanto, segundo ela, ainda não dá para mensurar se a desta madrugada será maior. "Por enquanto não dá para dizer, mas talvez mais tarde, porque ainda está subindo [a água do rio]."
Rejane conta que ao perceber o nível da água e que não conseguiria sair de casa, resolver acionar os bombeiros e pedir ajuda. "A água começou a subir mesmo, para valer, depois das 2h dessa madrugada", explica. A casa, que é mais baixa, foi fortemente atingida e a moradora não conseguiu levantar os móveis. Emocionada, ela diz que deixar a casa, os móveis, uma vida construída é de apertar o coração.
Teixeira destaca que a água segue subindo cerca de 50 centímetros por hora. Diante disto, a Defesa Civil municipal acredita que por volta das 16h, a água ainda esteja descendo para Vila Mariante, vinda de outros municípios da região. "O Porto Estrela está subindo, a gente está em contato com os coordenadores da Defesa Civil e é a mesma situação nossa aqui. Fizemos a última medição [às 9h] e está em 14,80 metros. É bem provável que já tenha subido um pouco mais, então a gente acredita aí que vai chegar a uns 19, 20 metros daqui uma hora mais ou menos", projeta.
Para o coordenador da Defesa Civil, a situação se agravou porque a população não acreditou na seriedade dos avisos emitidos desde a tarde dessa segunda-feira (4). Durante os trabalhos na localidade, Teixeira diz ter conversado com a população, que seguia relutante em deixar suas casas e seus itens para trás. "É uma situação difícil, complicada. Porque agora, com o nível que está, dependemos de barco e da colaboração de parceiros e de outras equipes para conseguir fazer os resgates", explica.
Confira ainda: Venâncio Aires deve emitir decreto de emergência ainda nesta terça-feira
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