Com paisagem paradisíaca, sítio no interior de Santa Cruz do Sul atrai mais de 10 mil visitantes por ano
Desde 1999, o Sítio Sete Águas encanta pela simplicidade, pelas belezas naturais e pela tranquilidade que só é possível encontrar no interior. Localidade de Boa Vista, em Santa Cruz do Sul, que passou a ser mais valorizada desde a abertura do espaço que conquistou milhares de pessoas. Foi da passagem das águas do rio Taquari Mirim, de dois arroios e quatro nascentes que Dalvo Schmidt criou o nome do sítio, que recebe 10 mil visitantes a cada ano.
Com apoio da prefeitura, o local que se tornou ponto turístico passou a fazer parte do roteiro Caminhos de Boa Vista. Além das atrações como os banhos de rio, lugar para barracas, quiosques e churrasqueiras, o Sítio Sete Águas também começou a chamar a atenção pela tradição e pela história. Um minimuseu – planejado por João Pedro Schmidt – foi instalado junto à casa da família. A intenção foi contar um pouco sobre a colonização alemã na região e expor objetos utilizados nas atividades das famílias de décadas atrás.
Foi nesse ambiente que cresceram Raquel, Carla e Samuel, os filhos de Dalvo e Claudete, apaixonados por cada uma das sete águas que abraçam a propriedade. Casa que se transformou no lar de todos que procuram tranquilidade e bons momentos, seja dentro da água no verão ou descansando em uma das cabanas instaladas na parte mais alta do Sítio. Segundo Raquel, as casas de aluguel foram pensadas a partir de sugestões dos próprios visitantes. “A primeira foi construída com as pedras da “Casa da Banha”, do tempo dos nossos avós. Hoje são quatro casas, entre os pinheiros, de onde se tem uma linda vista. E o silêncio é total, para ter boas noites de descanso. Essas casas foram um dos acertos nos investimentos que fizemos”, conta.
E se no começo os visitantes eram da vizinhança, atualmente o local recebe pessoas de todo o Vale do Rio Pardo e até da região metropolitana de Porto Alegre. “As pessoas elogiam a beleza do ambiente e da alegria de passar o dia no Sítio. Admiram a paisagem, a quantidade de pinheiros, os açudes, o rio e as construções. Também elogiam o atendimento e a comida, que é simples, como a das famílias de descendência alemã da região. Aqui tem comida boa, tem sombra boa, tem banho de rio e de piscina”, relata Raquel. Outro ponto muito elogiado, conforme Samuel, são os espaços para os almoços de fim de semana. “Aos poucos se construiu mais churrasqueiras, que hoje são 50. Os tios se encarregaram de plantar muitas árvores ao longo das margens do rio e em todos os espaços possíveis e, como se pode ver, atualmente não falta sombra”, diz.
O Sítio, ao longo dos 21 anos de história, também ganhou um Centro de Eventos, que leva o nome de Arno Emílio Schmidt – avô de Raquel, Carla e Samuel -, onde funciona um restaurante com 180 lugares, muito utilizado para almoços, festas e confraternizações. No espaço ainda há a fabricação de cucas, bolachas, pães e conservas – coordenada por Claudete – e também é onde são preparadas as Cestas de Piquenique, produto de sucesso pensado em meio à pandemia. Afinal, a gastronomia do local sempre foi muito forte e especial. “A vó Aloysia foi um braço forte na cozinha durante os 17 primeiros anos do Sítio. Hoje, está hoje com 96 anos e deixa o trabalho para as novas gerações. Colocamos o nome dela na ponte”, relata Samuel, feliz pela homenagem.
Pelas primeiras gerações e por todas as outras que virão, muito trabalho é dedicado diariamente na propriedade. Por isso, o objetivo é sempre deixar o local ainda melhor. “Pretendemos instalar geradores de energia solar e melhorar a iluminação noturna. Temos várias ideias para novidades e melhorias, mas precisamos manter os pés no chão. O mais importante é continuar oferecendo atrações para todas as estações do ano e para todas as idades. Desejamos atrair cada vez mais grupos e pessoas, pois a nossa maior aposta é na prestação permanente de um bom serviço, que é a nossa melhor propaganda”, ressalta Samuel.