Confira o que diz a nutricionista Juliana Ziebell sobre o assunto
Você costuma ler os rótulos das embalagens? Entende o que elas querem dizer? Se para quem é da área técnica já é difícil, pois são centenas de novos produtos criados por ano, imagina para os leigos. No Arauto Saúde desta semana, a nutricionista Juliana Ziebell fala da importância de ler aquilo que está escrito nas embalagens.
Segundo a profissional, todo mundo precisa ter uma noção básica de como interpretar um rótulo. “Há muitas ‘pegadinhas’ que a indústria usa. Sendo assim, é importante ler bastante sobre isso”, aconselha. Mas e como uma pessoa leiga pode interpretar a fórmula? Para Juliana, se algum nome que a pessoa não consegue ler ou dizer, a dica é não comprar. “Na dúvida, não consome”, frisa. De acordo com a nutricionista é muito melhor o alimento que você sabe a origem. “A exemplo o aipim. Ele foi plantado, descascado e está minimamente processado dentro da embalagem”, explica. Já no que se refere a nomenclaturas, algumas empresas mascaram. O açúcar, por exemplo, “há dezenas de tipos de nomenclaturas que podem ser utilizadas. A pessoa vai ler ‘não contém açúcar’, mas poderá ter”, explica. “Algumas nomenclaturas para o açúcar que podem aparecer em embalagens são: xarope de milho, sacarose, glucose, dextrose e maltodextrina”, exemplifica.
Durante o Arauto Saúde, a nutricionista Juliana também falou dos cuidados com os vencimentos dos produtos e formas de armazenamento. “É importante ver as condições que a fabricante indica de conservação para o alimento”, sublinha. Por exemplo, um produto pode estar dentro do prazo de validade, mas se for armazenado num ambiente muito úmido, com excesso de calor pode vir a mofar mesmo estando no prazo de validade. “Um leite pasteurizado, de saquinho, ele requer refrigeração. Se deixar ele fora, obviamente ele vai azedar, porque ele foi feito para estar numa temperatura determinada”, completa. Essa informação de condição de armazenamento também deve estar na embalagem do alimento.
Para finalizar, Juliana também reforça dos cuidados para aqueles que consomem dietas especiais. “A pessoa que tem restrição ao glúten, se é alérgica ao glúten, jamais pode comprar alimento que contém glúten”, reforça. Já o intolerante a lactose, ou vai utilizar alimentos veganos ou produtos lácteos adicionados, da enzima lactase. “É importante a pessoa conhecer sua restrição e se informar”, sugere. “Tem um aplicativo que indico aos pacientes: é o desrotulando. Se está com dúvida sobre alimentos, ele dá os valores nutricionais”, finaliza.