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Direção Geral de Aeronáutica da Bolívia suspende licença de voo da Lamia

Publicado em: 01 de dezembro de 2016 às 14:40 Atualizado em: 19 de fevereiro de 2024 às 11:05
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Agência Brasil
  • Foto: Reprodução/Internet
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    Um dos sonhos do proprietário da empresa era transportar a seleção brasileira de futebol

    A Direção Geral de Aeronáutica Civil da Bolívia suspendeu a licença de voo da companhia aérea Lamia, dona do avião que caiu com a delegação da Chapecoense na Colômbia. A decisão foi anunciada por meio de um comunicado divulgado pelo órgão nesta quinta-feira (1º), menos de um dia depois da revelação de que a aeronave estava com os tanques de combustível vazios quando se acidentou. 

    A causa mais provável da tragédia é pane seca, que pode ter provocado a falha elétrica "total" reportada pelo piloto do avião, Miguel Quiroga, uma das vítimas do desastre e também sócio da Lamia. Fundada em 2009, na Venezuela, a empresa começou a operar em 2014 e pouco depois transferiu sua sede para a Bolívia. Sua especialidade eram voos fretados para times de futebol da América Latina, já que oferecia flexibilidade para pousar em aeroportos remotos.

    Além da Chapecoense, usaram seus serviços times como o colombiano Atlético Nacional, rival da equipe catarinense na final da Copa Sul-Americana, o boliviano The Strongest e até a seleção da Argentina. O avião que levava a Chape era o único de sua frota em condições de operar.

    O piloto do voo, Miguel Quiroga, tinha 36 anos, era casado e pai de três filhos. Ele havia comprado a Lamia de empresários venezuelanos em 2014, ao lado do amigo Marco Rocha Venegas, também piloto. Segundo este último, não há nenhum vínculo entre a companhia atual e a anterior.

    Quiroga vivia no Acre, perto da fronteira com a Bolívia, onde construía uma casa. De acordo com o jornal "O Estado de S. Paulo", o piloto era genro do ex-senador boliviano Roger Molina, que fugiu para o Brasil denunciando perseguição do presidente Evo Morales. Um de seus sonhos era transportar a seleção brasileira de futebol.