Região

MP quer aumento de pena para homem que ateou fogo em emergência de hospital

Publicado em: 20 de julho de 2018 às 07:17 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 11:16
  • Por
    Luiza Adorna
  • Fonte
    Ministério Público
  • Foto: Divulgação/MP
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    Recurso quer ainda alterar o regime carcerário para o fechado em razão dos antecedentes criminais

    A Promotoria de Justiça Criminal de Lajeado interpôs recurso para aumentar a pena aplicada a Jairo Procópio Oliveira Camargo. Ele foi o responsável por causar incêndio na emergência do Hospital Bruno Born em 1º de abril deste ano.

    Na última terça-feira, a 2ª Vara Criminal daquela Comarca julgou procedente e condenou o réu a cumprir pena de quatro anos, dois meses e vinte dias, em regime semiaberto, além de pagar multa e ressarcir o prejuízo causado pelo fogo, no valor de R$ 31.303,24.

    O promotor de Justiça Ederson Luciano Maia Vieira, que atua na Promotoria Criminal de Lajeado, destaca que o recurso pretende aumentar a pena e alterar o regime carcerário para o inicialmente fechado em razão dos antecedentes criminais de Jairo Procópio Oliveira Camargo e da gravidade do fato para os pacientes internados naquela data, além dos prejuízos para a comunidade regional até a presente data.

    O incêndio

    Conforme a denúncia do MP, em 1º de abril deste ano, por volta de 20h, Jairo ateou fogo na recepção do Pronto Atendimento do Hospital Bruno Born, inconformado pela demora no atendimento ao filho de quatro anos, que apresentava febre. Naquele dia, após ter ido, à tarde, duas vezes ao posto de saúde com o filho, Jairo se dirigiu ao hospital com a companheira, o irmão e o menino, que seria autista e estava com febre. Após esperar quatro horas e receber a informação de que o quadro do menino não era de emergência, ele comprou remédios em uma farmácia e foi para casa.

    À noite, ele retornou sozinho ao hospital com um facão, retirou uma garrafa plástica da mochila, esparramou líquido inflamável sobre o balcão da recepção e ateou fogo. Ainda de acordo com a denúncia, as chamas foram contidas por funcionários. No entanto, a fumaça fez com que os pacientes fossem removidos para outras áreas.

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