Em uma manifestação pacífica, grupo se reuniu no final da manhã deste domingo (18)
Com a Reforma da Previdência, a idade mínima para requerer aposentadoria será de 65 anos e o tempo mínimo de contribuição será elevado de 15 anos para 25 anos. E a sociedade está indignada com a possibilidade dessa proposta ser aprovada. Dessa forma, advogados, sindicatos e agricultores protestaram no final da manhã deste domingo (18) em Santa Cruz do Sul, em prol dos direitos dos trabalhadores. E são os trabalhadores rurais uns dos mais afetados. Eles, com a aprovação, passariam a seguir a mesma regra de idade mínima dos segurados urbanos. Atualmente, eles podem se aposentar com idade reduzida, comprovando o tempo de contribuição. A manifestação ocorreu a partir das 10h, em frente ao INSS do município.
Delcio Simiane marcou presença. O antigo agricultor agora mora na cidade e é metalúrgico. Mas continua com seu bloco, contribuindo com o Sindicato Rural. Ele deixou suas lavouras em Monte Alverne para encarar a vida urbana por causa de um problema na coluna e intoxicações com venenos. A vida no campo não é fácil. E é por isso que ele continua valorizando o trabalho rural. Com 51 anos de idade, ele foi protestar com a esposa Rejane, 44 anos, e a filha Daniela, de 9 anos. Delcio se aposentaria daqui uns 6 anos, por seu tempo de contribuição. Se for aprovado, ele vai precisar esperar ainda mais 10 anos. "Eles ganham muito e querem tirar de quem ganha pouco. Mas é o agricultor que coloca a comida no prato deles", salienta.
A manifestação reuniu sindicatos e agricultores de Santa Cruz do Sul e de diversas cidades vizinhas. A advogada Dra. Renata Ramos Ferreira, presidente da Comissão Especial da Previdência Social da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e coordenadora adjunta do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), e Jane Berwanger, presidente do IBDP e doutora em Direito Previdenciário estiveram presentes no evento. De acordo com Jane, a solução será trazer os deputados para o lado dos trabalhadores, para que eles não aprovem essa reforma. "Amanhã vou novamente para Brasília para me reunir com um grupo para formular argumentos jurídicos contra a reforma. Quando a Ordem dos Advogados Brasileiros se posiciona, eles já ficam mais receosos", avisa. A advogada contou aos agricultores que ela e outros profissionais do Direito já foram barrados tanto na Câmara quanto no Senado. "Nos impedem de entrar na casa que deveria ser do povo. A impressão é de que muitas coisas são escondidas", diz.
Entenda:
Contra a reforma da previdência, OAB protesta domingo em Santa Cruz
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