Política

Candidatos da região apresentam demandas

Publicado em: 14 de setembro de 2018 às 14:34 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 13:18
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Portal Arauto/Guilherme Bica
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    O principal assunto debatido foi a duplicação da RSC-287. Confira as demais propostas

    A sexta-feira (14) foi dia de ouvir um pouco do que cada candidato a deputado estadual e federal, da região, pretende fazer caso seja eleito. A atividade organizada pela Associação de Entidades Empresariais de Santa Cruz do Sul (Assemp), Associação Comercial e Industrial de Santa Cruz do Sul (ACI),  Associação Santa Cruz Novo Rumos e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) subseção Santa Cruz do Sul entregou também demandas aos candidatos, sendo que a principal é a duplicação da RSC-287, assunto citado por todos os presentes. 

    O presidente da Assemp, Léo Schwingel, se diz feliz em poder oportunizar que a comunidade conheça seus candidatos. Ele salientou que a 287 é a principal demanda apresentada, justamente por atrair novos investimentos para a região, viabilizar acessos seguros e rápidos e também por Santa Cruz do Sul e a 287 serem um polo logístico central do Estado quando se fala em riquezas. 

    Seis candidatos não compareceram por já terem marcado compromissos anteriormente. Cada um dos presentes teve cinco minutos, por ordem alfabética. Não houve réplica, nem tréplica. 

    Confira um pouco do que cada candidato falou:

    Deputados federais

    Eduardo Wartchow (Novo)

    Diz que é preciso comprometer os postulantes ao Legislativo, pois a demanda da duplicação da RSC-287 não é de agora. Acrescenta que se talvez tivéssemos cobrado anos atrás pode ser que teríamos hoje a duplicação. Acredita que é preciso uma reforma no funcionalismo do Estado e na previdência, pois se gasta demais. É preciso cada vez mais cobrar do Estado para que corte as burocracias e simplifique a vida do empreendedor, valorizando quem gera emprego e renda. Afirma que a solução não está com os políticos, mas sim com a Sociedade Civil que precisa se unir.

     

    Heitor Schuch (PSB)

    Diz que historicamente a região do Vale do Rio Pardo e parte do Vale do Taquari está esquecida na política pública, pois não recebeu hospital universitário, base aérea, universidade federal e nem uma rodovia federal de relevância, nem antes e nem depois da ditadura. Tudo o que se possui foi conseguido com luta da comunidade e que se tivéssemos recebido recursos federais a realidade seria outra. A região é polo na educação, saúde e produção do tabaco e precisa avançar mais, exemplo é a duplicação da 287. Unidos será possível conseguirmos ir mais rápido e resolvermos os problemas com mais facilidade.

     

    Marcelo Moraes (PTB)

    Defendeu o fumo na Assembleia Legislativa e teve oportunidade de presidir comissões como a de assuntos municipais e a de finanças. Diz que é preciso descentralizar os recursos e desburocratizar a máquina pública. Salienta que hoje 57% dos impostos ficam em Brasília, 25% nos estados e 18% para os municípios. Acredita na privatização dos pedágios e na duplicação da 287. E pede para que a região vote em candidatos do VRP para que se tenha representatividade.

     

    Nilson Lehmen (MDB)

    Afirma que nos cinco segundos que possui na televisão colocou como bandeira a duplicação da 287. Pede a privatização, pois acredita que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) deixa a desejar. Diz que a duplicação foge da possibilidade do Estado financiar e ressalta que o grande gargalo está entre Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul.

     

    Professor Jamal (Rede)

    Quer lutar em prol da educação empreendedora que transforma as pessoas. Acredita que um deputado federal deve conhecer sua casa, cidade, região, Estado e país, assim tende a ver o mundo de uma forma mais completa. Para ele, antes de pensar na duplicação é preciso pensar nas pessoas que vivem ao redor, qualificando-as. Vai lutar contra a corrupção, por leis mais severas.

     

    Zequinha (PPS)

    O candidato diz que trabalha há 30 anos na área da pavimentação e que sabe como deve ser feita a duplicação com qualidade e baixo custo. Diz que o anseio da comunidade hoje é por mais segurança, pois os policiais militares não têm mais coragem de sair na rua. Precisam estar mais bem armados, melhor orientados e sem receber o salário parcelado.

     

    Deputados Estaduais

    Adolfo Brito (PP)

    Propôs que a RSC-287 não deve ser feita como um todo, mas inicialmente apenas um trecho. Ele considera o mais importante entre Venâncio Aires e Vera Cruz e disse que o projeto terá total apoio na Assembleia Legislativa. Salientou que a dívida do Estado deve ser renegociada, senão não haverá dinheiro para investir nos acessos aos municípios e na melhoria das rodovias. Ainda colocou que irá lutar pela melhoria na qualidade da energia elétrica.  

     

    Airton Artus (PDT)

    Defende a duplicação da 287 e propôs uma radicalização do bem: A extinção da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), com um decreto do novo governador já na primeira semana do mandato. Até que isso acontecesse, deveria ser colocada uma auditoria em que os recursos arrecadados sejam fiscalizados por representantes dos municípios em que a rodovia passa, por exemplo.

     

    André Scheibler (SD)

    Ressaltou que tem 10 propostas, sendo que a primeira é a duplicação da 287. Lembrou que há mais de 40 anos, quando foi construída, se foi pensada em sustentar caminhões daquela época, caminhões mais leves, e que hoje não há sustentação para a passagem de veículos mais pesados. Diz ser parceiro das entidades, que vai receber as demandas e que a região terá vez e voz na AL. Vai priorizar a privatização da rodovia e defende a duplicação, primeiro, no trecho entre Candelária e Venâncio Aires. Diz ainda que vai defender o fumicultor e a cadeia produtiva do fumo.

     

    Edson Brum (MDB)

    A função do deputado estadual é fazer leis e fiscalizá-las. Lembra que é autor da lei que coloca a Oktoberfest como patrimônio cultural do Estado, possibilitando que se consiga verba via Lei de Incentivo à Cultura (LIC) ou Lei Rouanet. Lembrou que foi negado, na AL, ao cidadão que pudesse escolher pela privatização ou não da CEEE, CRM e SulGás. Ressaltou a importância de eleger representantes da região para o parlamento gaúcho e Congresso Nacional. Também complementou que lutou para a redução do ICMS de equipamentos de energia solar e para a duplicação do viaduto Fritz e Frida. 

     

    Fernando Panke (PV)

    Lembra que desde criança pegava animais abandonados na rua e levava para casa. Vai levantar na AL a bandeira da causa animal, dando mais apoio às Ongs e criando um Sistema Único de Saúde (SUS) para os animais, começando pelo Vale do Rio Pardo. Defende a microchipagem para que não existam mais animais abandonados, isso incluindo todos os animais terrestres de vias urbanas.  

     

    Kelly Moraes (PTB)

    Para ela a 287 é pauta fundamental em que não se pode esperar, mas sim unir forças. Diz ser contra a reforma da previdência como foi encaminhada. Salientou que o Estado não tem condições de manter as estradas e é a favor da privatização. Complementou que Santa Cruz do Sul é polo regional, capital do fumo e desenvolvimento, que empresas grandes vão para a cidade. Pede que sejam concentrados os votos em candidatos da região. Ainda defende a fumicultura.

     

    Leonel Garibaldi (Novo)

    Acredita que a 287 deve passar para a inciativa privada. Acrescentou que no ano passado foram 13 mortes na rodovia, sendo que, somente nos primeiros seis meses deste ano, já foram 19 óbitos, acrescentando que devem ser feitos investimentos imediatamente. Acredita que a privatização de empresas como a CRM, SulGás e CEEE vai garantir a recuperação fiscal.

     

    Pedro Baratinha (PV)

    Diz que trabalhou por oito anos na Santa Cruz Rodovias, antiga administradora dos pedágios, e que acompanhou a transição para a EGR. Diz que na época não foi aceito pelo Estado que a empresa fizesse a duplicação da 287, em troca de mais tempo de concessão e aumento de tarifa. Acredita que a duplicação só será possível por meio da iniciativa privada. É contra o aumento de impostos por acreditar que não tira o Estado da crise, mas sim diminui o poder de compra da população. Quer desburocratizar a criação das micros, médias e pequenas empresas.

     

    Tiago Bagiotto (MDB)

    Acredita que prefeituras devem unir secretarias, municípios devem interagir juntos ao Estado e a União. Na agricultura é preciso dar oportunidade para quem está no interior ter acesso a energia e água. Usa como uma das bandeiras que o agricultor tenha direito ao financiamento de moradia. Acredita que deve ser repensada a forma de pagamento do pedágio. Por exemplo: quem vai até Venâncio Aires não deve pagar o mesmo valor do que quem vai até Osório.

     

    Vinícius Medeiros (PSDB)

    Diz que deve se pensar em um novo modelo de gestão pública, pois o próximo governo vai enfrentar dificuldades no Estado. Acredita ser preciso repensar as estatais, chamar os parceiros privados e renovar a classe política. Salientou que hoje o orçamento do Estado está em R$ 63 bilhões sendo que é gasto R$ 70 bilhões. Diz que o Banrisul deve financiar novas ideias e chamar o meio acadêmico para fazer parte da condução do Estado.