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“Têm crianças que guardam até hoje as cartinhas que eu escrevia.”

Publicado em: 18 de dezembro de 2018 às 09:30 Atualizado em: 20 de fevereiro de 2024 às 15:54
  • Por
    Bruna Lovato
  • Fonte
    Portal Arauto
  • Foto: Portal Arauto/Letícia Dhiel
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    Amaury Carpes começou a ser Papai Noel em 1971 e exerceu o trabalho por 29 anos

    Todo mundo sabe que o Papai Noel de verdade fica lá no Polo Norte. Mas para dar conta de atender todas as crianças do mundo, ele tem seus ajudantes espalhados por aí. São homens que, durante o dia, exercem outras profissões. Já à noite, principalmente nesta época do ano, têm o desafio de entregar presentes e espalhar, acima de tudo, amor e carinho, deixando que o espírito de Natal prevaleça.

    O Portal Arauto apresenta alguns destes Papais Noéis na série "Pra Sempre Noel". O segundo deles é o Amaury Carpes, que tem 76 anos e foi Papai Noel por 29 anos. "Comecei em 1971, porque o Papai Noel antigo não queria mais. O primeiro ano foi com barba de corda. Só que incomodava um pouco, porque era com arame. Depois optei por uma com cabelo natural", lembra. Ele começou como Bom Velhinho da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Depois a Prefeitura de Santa Cruz acionava Amaury para atendimento em escolas de Educação Infantil e em entidades. Mais tarde, ele começou a visitar casas na noite de Natal.

    Ele lembra que no primeiro ano foi montada uma casinha na praça para que ele atendesse as crianças. Nos anos seguintes, Amaury participava da abertura do Natal circulando no carro dos bombeiros, distribuindo balas. "Fazendo aquele auê."

    Dentre os pontos marcantes, Amaury recorda que teve a ideia de começar a ligar para as crianças quando as mães falavam que elas estavam se comportando mal. Ele também escrevia cartinhas, com caneta vermelha, incentivando para que obedecessem os pais. "Têm crianças que guardam até hoje as cartinhas que eu escrevia", fala. Ele lembra com carinho o dia em que um jovem casal apresentou a filha, que era bebê na época, tinha uma deficiência e ainda era adotada. "Aquilo me cortou o coração." O pedido de uma senhora em um asilo, que queria apenas uma boneca, é outra cena que ficou guardada na memória de Amaury.

    O Papai Noel aposentado encerra desejando um Natal de paz e harmonia. "Para todas as famílias, vera-cruzenses, santa-cruzenses, de Norte a Sul do Brasil. Que esse Natal seja o mais feliz de todos os natais", finaliza.

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