Desde segunda-feira, alguns moradores de Taquarizinho estão sem luz. Família de Silvia Schwengber precisou colocar fora 80 kg de carne
Tudo estava normal, até que o temporal registrado na última segunda-feira (17) deixou casas sem luz em Taquarizinho, na comunidade Santo Antônio, em Rio Pardo. Desde segunda-feira, seis residências estão sem energia elétrica e os prejuízos em virtude da falta de energia já são sentidos.
A agricultora Sílvia Maria Schwengber, por exemplo, reside na localidade com o marido Valmir Schwengber, a filha Josiane, 30 anos e a irmã Ângela Reimann, 51 anos, sendo que as duas são portadoras de deficiência, o que agrava ainda mais a situação. Josiane tem paralisia cerebral, enquanto que Ângela é portadora de uma doença mental crônica.
Segundo Silvia, toda a carne que estava no freezer teve que ser colocada fora, totalizando uma perda de 80 kg. Outros alimentos também precisaram ser colocados fora, como frios e iogurte: "A gente recém tinha carneado um porco e a luz faltou. Tive que colocar tudo fora". Nesta quinta-feira (20), a família necessitou alugar um gerador de energia para conseguir amarrar o fumo. O gerador, que ficará apenas até a noite de hoje na casa, irá garantir pelo menos que alguns alimentos possam ser mantidos refrigerados.
"Tudo fica mais difícil"
Sílvia lamenta a situação: "Nós estamos muito indignados. Isso é até uma negligência. Nunca paguei a conta de luz atrasada, sempre com antecedência e agora já estamos indo para a quarta noite sem luz". Segundo ela, o fato da irmã e da filha serem portadoras de deficiência torna o problema ainda mais desgastante, isso porque à noite, quando precisam tomar medicação injetável, o procedimento torna-se muito perigoso: "Eu preciso pegar uma vela e preciso ter muito cuidado. Elas sem televisão também ficam muito inquietas". A agricultora ainda conta que já havia ficado duas noites sem energia elétrica, mas nunca tanto tempo como ocorre no momento.
O banho das gurias, devido à sensibilidade das duas, precisa ser quente e o trabalho dobra ao ter que esquentar a água: "Tudo fica muito mais difícil".
PREJUÍZO NO FUMO
Ao lado da casa de Silvia mora Rogério Thiesen, também agricultor. Para ele, os prejuízos estão nos alimentos, que precisam ir fora, mas principalmente no fumo. Thiesen estima que a perda financeira chegue a R$ 3 mil, isso, porque sem energia elétrica ele não consegue amarrar o produto. "O fumo fica no chão, esquenta e perde qualidade", explica. Assim como Silvia, ele também precisou alugar um gerador, mas que foi logo emprestado para outro vizinho. "Isso que a gente perde, ninguém paga, mesmo quando a energia voltar", lamenta.
A reportagem do Portal Arauto encontrou em contato com a RGE Sul que informou que uma equipe já foi destinada para atender essa ocorrência, o que deve ocorrer ao longo do dia.
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