Análise

BM apura procedimento adotado por policiais em Candelária

Publicado em: 07 de maio de 2025 às 14:37 Atualizado em: 07 de maio de 2025 às 14:46
  • Por
    Cristiano Silva
  • Vítima estava próxima de carreta quando foi atingida
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    Familiares de homem que foi atropelado por ônibus escolar reclamaram da conduta adotada por brigadianos em ocorrência

    A Brigada Militar (BM) de Candelária instaurou um procedimento para apurar a conduta dos policiais no atendimento de um grave atropelamento registrado na noite de 14 de abril, em Linha Bernardino, interior do município.

    Na ocasião, um homem de 51 anos foi atingido de forma violenta por um ônibus escolar, dirigido por um condutor de 50 anos. A vítima estava próxima de sua carreta em uma curva, e conversava com um morador, de 56 anos, na frente de uma casa, após ambos descarregarem uma carga de adubo no local.

    O homem atropelado ficou gravemente ferido e foi levado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital Candelária, de onde depois foi transferido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Canoas. O vizinho conseguiu sair para o lado antes de ser atingido.

    “Houve esse acidente em Candelária e foi indagado pelos familiares da vítima acerca dos procedimentos adotados pela Brigada Militar no atendimento da ocorrência. Diante disso, nós estamos averiguando a situação para analisar se houve eventual irregularidade nos procedimentos adotados”, disse a comandante da BM local, capitã Bruna Caroline Simon.

    “Neste caso específico, foi realizada a documentação e encaminhada via canal de comando para ser analisado qual o procedimento pertinente a ser instaurado”, complementou. Na ocorrência, os policiais não realizaram o teste do bafômetro – procedimento questionado por familiares da vítima – e entenderam que o causador do atropelamento não apresentava visíveis sinais de embriaguez.

    A perícia também não foi acionada. Diante da análise, foi registrado pelos PMs um termo circunstanciado, com a tipificação de lesão corporal culposa na direção de veículo automotor. “É um procedimento que é encaminhado direto ao Fórum, e não passa por uma investigação da Polícia Civil, a menos que o Ministério Público solicite algum tipo de diligência complementar”, detalhou o então delegado de Candelária, Tiago Bittencourt.

    Conforme o promotor Martin Jora, o caso ainda não aportou à mesa do MP. “Temos que esperar a Brigada concluir o caso, para aí analisarmos a dinâmica do acidente, ver se foi levantada alguma prova e investigar”, salientou o representante do Ministério Público.

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