Jurisdição eclesiástica do Vaticano analisou procedimento investigado pela Diocese de Santa Cruz sobre religioso condenado e preso por estupro de adolescentes
Carlos André Mueller, de 59 anos, sentenciado a uma pena de 21 anos, um mês e cinco dias de reclusão pelo crime de estupro de vulnerável cometido contra quatro adolescentes em Vera Cruz, recebeu a demissão do estado clerical.
A homologação do afastamento total das funções de padre foi feita pelo Papa Francisco ainda em vida, no Vaticano, onde o caso foi analisado por uma comissão chefiada por um cardeal. A informação foi confirmada pela Diocese de Santa Cruz do Sul.
Conforme o vigário-geral, padre Leandro Lopes, após o procedimento ser analisado no âmbito local, foi remetido para a Santa Sé, que é a jurisdição eclesiástica da Igreja Católica, em Roma, na Itália. No segundo semestre do ano passado, ainda durante o processo na esfera judicial, o Vaticano remeteu um texto em latim para a Diocese de Santa Cruz.
No material, estava o desfecho do caso no âmbito religioso. “Recebemos em meados de outubro a confirmação da definição da investigação canônica. Se concluiu como pena pelo delito a demissão do padre Carlos”, comentou o vigário-geral.
Ainda de acordo com Lopes, somente o papa pode retirar a promessa de celibato feita pelo padre. “Desde que recebemos o retorno de Roma, comunicamos as paróquias sobre a conclusão do processo canônico”, complementou. Carlos André Mueller está preso no Presídio Regional de Santa Cruz do Sul, onde deu início ao cumprimento de sua pena.
A reportagem entrou em contato com a defesa do acusado. O conceituado advogado criminalista Ademar Antunes da Costa preferiu não comentar a decisão em virtude do processo tramitar em segredo de justiça.
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